Preferências alimentares são formadas nos primeiros anos de vida

dez 2, 2014 | 0 - 3 anos, Bebê

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Brócolis, abobrinha, rúcula, espinafre, cenoura, tomate, beterraba e muito mais. Em um país com tanta variedade de frutas, verduras e legumes, parece impossível imaginar que seu filho não goste de – quase – nenhum deles. Mas é só oferecer a colher com algo verde ou colorido para ele se negar a comer. E parece que não há nada que o faça mudar de ideia.

Calma! Isso não acontece só aí na sua casa, mas é possível virar o jogo. Uma revisão de 11 estudos publicados na revista científicaPediatrics, da Academia Americana de Pediatria, comprovou – mais uma vez- que as preferências alimentares, sobretudo no que se refere a frutas e legumes ou bebidas doces, definidas durante os primeiros dois anos são duradouras. Ou seja, é uma janela de oportunidade incrível para você oferecer alimentos saudáveis ao seu filho e garantir que ele tenha uma alimentação equilibrada durante toda a vida.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram as dietas de 1.500 crianças de 6 anos comparando seus padrões alimentares com aqueles observados em outro estudo que acompanhou as mesmas crianças durante o primeiro ano. De acordo com a pediatra Kelley Scanlon, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças da Academia Americana de Pediatria e uma das autoras da pesquisa, foi possível perceber que as crianças que consumiam poucas frutas e legumes quando bebês permaneceram com o mau hábito até os 6 anos.

Parece fácil mudar esse cenário, mas você sabe bem que na prática não é bem assim. O segredo é ter paciência e insistir. “Crianças podem demorar até 7 dias para se acostumar com o novo sabor de um alimento. Em geral, os pais oferecem o alimento, no máximo, três vezes e desistem”, explica o nutrólogo pediátrico Artur Delgado, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

Portanto, se você ofereceu abobrinha refogada ao seu filho e ele recusou, ofereça no dia seguinte o mesmo alimento assado. Se ele recusar novamente, faça o mesmo nos próximos dias variando o preparo. Pode ser cru, em formato de purê, como bolinho, na sopa… Provavelmente ele vai se acostumar com o gosto e aceitar o alimento. Mas, se ao longo dos sete dias, seu filho se recusar a comer, pode ser sinal de que ele realmente não gosta daquilo. “É claro que os pais podem voltar a oferecer o legume mais adiante, mas já sabendo que a recusa foi total anteriormente”, alerta Delgado. Ou seja, não precisa insistir tanto dessa vez, ok?

Outro ponto fundamental na conquista do paladar do seu filho é dar o exemplo. “A partir dos 10 meses, a criança já tem uma percepção do ambiente mais definitiva. Ela percebe a estrutura do alimento e as pessoas comendo ao seu redor”, explica Delgado. É por isso que fazer as refeições com a família toda sentada à mesa e comendo, claro, a mesma comida é um incentivo e tanto para seu filho comer bem. Torne esse momento agradável, quase divertido, de forma que a comida seja vista como prazer.

Nem precisamos dizer sobre ligar a TV e outras telas durante as refeições. Elas até podem fazer seu filho comer, mas dessa forma a criança não está prestando atenção ao sabor do alimento. Está apenas engolindo a comida enquanto está entretida com outras coisas, ou seja, não está aprendendo a comer, que é o objetivo principal.

Por Revista Crescer.

Equipe Leiturinha

Conteúdo produzido pelo time de especialistas da Leiturinha, composto por jornalistas, psicólogas, pedagogas, editores de literatura infantil.

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