Quadro de incentivo: 5 dicas de como utilizá-lo da maneira correta

mar 27, 2018 | 0 - 3 anos, 4 - 6 anos, 7 - 10 anos, Educação, Família

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Você já ouviu falar em quadro de incentivo? O método tornou-se muito conhecido no Brasil após aparecer no programa de televisão SuperNanny – que busca auxiliar na educação e disciplina dos filhos das famílias participantes – e, como o próprio nome diz, é utilizado para incentivar bons comportamentos, por meio do reforço positivo. Seja para ajudar a criança no desfralde, a deixar a chupeta, a se alimentar melhor, a não fazer birra na hora do banho ou na hora de dormir… Com diferentes formatos, a ideia é uma só: organizar a rotina dos pequenos em um quadro onde bons comportamentos serão incentivados, por meio de pontos, estrelinhas, elogios ou recompensas.

Quadro de Incentivo vs. Recompensas

Nós já falamos anteriormente aqui no Blog, sobre recompensar os filhos em troca de ajuda, bom comportamento ou obrigações diárias. Mas, será que os quadros de incentivo também funcionam apenas como recompensa ou podem, de fato, incentivar bons comportamentos de forma positiva? Para Sarah Helena, formada em psicologia e curadora na Leiturinha, a diferença entre a recompensa e o quadro de incentivo é que, “enquanto o quadro de incentivo é uma construção conjunta entre os pais e a criança – ou seja, combinados que tem por objetivo deixar claro quais são os comportamentos esperados e quais são as possíveis consequências para cada um – as recompensas são decisões aleatórias dos pais em relação a um bom comportamento. Portanto, a diferença entre os dois métodos é que no primeiro há uma participação efetiva da criança, desde o início, e na segunda não”. Sarah ainda ressalta outro ponto importante: “o quadro de combinados nem precisa, necessariamente, ter recompensas. Pode-se, por exemplo, determinar o que fazer e o que de bom aquilo resultará, sem que haja uma relação de troca artificial”.

Quando e como utilizar o quadro de incentivo com meu filho?

Se você já utiliza ou pretende introduzir o quadro de incentivo na educação do seu pequeno, é importante refletir sobre a melhor maneira de utilizá-lo para que seu uso seja positivo. Em alguns casos, por exemplo, os quadros podem se mostrar bastante eficientes, ajudando até mesmo a estabelecer e organizar a rotina do pequeno e de toda a família. Segundo Sarah Helena, “o quadro de incentivo pode ser uma boa opção quando a família sente a necessidade de um apoio na organização da rotina, por exemplo. O processo de desenhar o quadro e de registrar nele o que se espera, quando feito desde o início junto com a criança, por si só já pode contribuir para que ela compreenda melhor a relação entre ação e consequência, podendo ser uma tarefa educativa. Por ser feito em família, pode ser um bom momento para estreitar os laços afetivos e ouvir o que a criança tem a dizer sobre sua própria rotina”. No entanto, quando mal aplicado, o método pode gerar ansiedade, frustração ou cobranças exageradas e inadequadas. Confira algumas dicas da curadora para fazer um bom uso do quadro de incentivo com seu filho:

5 dicas para usar o quadro de incentivo de forma positiva

1. O quadro de incentivo ou quadro de combinados só será válido se a criança realmente estiver disposta a fazê-lo e a colocá-lo em prática. E, se isso acontecer, deixe que o quadro tenha a sua cara. Deixe que ela pinte, desenhe, rabisque a seu modo o que conversarem e combinarem.

2. Dediquem-se à confecção do quadro, conversando longamente sobre tudo o que gostariam de mudar em suas rotinas. Ouça verdadeiramente seu pequeno. Na maioria das vezes não é só a criança que deve promover alterações, mas também os pais, registrando e se comprometendo a passar tempo de qualidade com seus pequenos, mesmo depois de um dia cansativo. Ao ver o comprometimento dos pais, os pequenos podem sentir-se motivados também.

3. O quadro é simbólico. Não precisa ser levado a ferro e fogo, mas deve servir apenas como lembrete da conversa e do acordo a que chegaram. Se preciso for, voltem a ele e registrem mudanças que acharem boas…

4. O quadro não precisa durar a vida toda. Ele terá sido útil quando perceberem que ele não é mais útil a vocês.

5. Já que é para registrar a rotina, reservem espaços no quadro e também pela casa para registros de momentos felizes, como um desenho ou uma cartinha, por exemplo.

E aí na sua casa? Você já usou esse método com seu pequeno? Compartilhe com a gente sua opinião e suas experiências!

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Ana Clara Oliveira

Jornalista e editora do Blog da Leiturinha, é fascinada por tudo que envolve o mundo da leitura, da educação e da infância. Acredita que as palavras aproximam pessoas, libertam a imaginação e modificam realidades. Gosta de escrever, viajar e aprender sempre.

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