Games e adolescência: devemos nos preocupar?
Lidar com o uso abusivo de games é uma realidade que todos os adolescentes se deparam atualmente. Seja por uma experiência pessoal com o tema ou por contato com amigos que passam por isso. Para os pais, esta fase é marcada pelas dúvidas e angústias a respeito de como educar os filhos. Já que estes pedem por autonomia e liberdade, mas ainda necessitam (e muito) de supervisão e proteção.
Diante desse cenário conturbado é que pais e filhos constroem os limites e regras que serão a sustentação para lidar com os desafios da vida. Seja para lidar com o uso dos games, ou para qualquer outro aspecto. O fato é que a discussão sobre o assunto é fundamental. É através do diálogo que os combinados poderão surgir. Em uma tentativa de conciliar os interesses de todos, sem deixar de problematizar a questão, protegendo o adolescente.
Mas, afinal, os games são mesmo vilões?
Assim como o debate a respeito das redes sociais e uso geral das telas na infância, o uso dos games tem sido alvo de muitos embates, críticas e polêmicas. O que vale para as telas e redes sociais, vale para os games. Ou seja, em primeiro lugar, cada família tem sua própria maneira de lidar com o assunto. Em segundo, assim como qualquer outro produto ou mídia, a tecnologia por si só não representa um risco. Mas sim o uso que se faz dela.
A falta de regras e limites para o uso de games tem produzido uma legião de crianças e adolescentes dependentes. Que não conseguem mais ter uma vida para além dos jogos. Apresentando, sem eles, sintomas de abstinência, como agressividade, tremor, irritabilidade, ansiedade, entre outros. Este tipo de uso indiscriminado de games deve ser evitado a todo custo, para proteção da infância, da adolescência e de seu desenvolvimento saudável.
Assim, lidar com a frustração do “não” é fundamental para criar um ambiente protegido e para gerar o aprendizado necessário para lidar com tudo o que é bom, atingindo um equilíbrio para o desenvolvimento saudável.
A Criatura: literatura para adolescentes
Este mês, para problematizar um pouco a questão junto aos Leitores Críticos do Clube Leiturinha, a Equipe de Curadoria selecionou o livro “A Criatura”, de Laura Bergallo, da Editora Escrita Fina. O livro conta a história de um garoto que, embora tivesse apenas 15 anos, já era um dos melhores programadores de jogos da região. O problema é que sua vida toda era voltada à criação de games, não tinha amigos, não gostava de ir à escola e nem tinha uma relação agradável com seus familiares. Porém, um dia, com uma máquina inovadora, ele, criador, encontra-se com sua criatura, colocando toda sua vida em jogo!
E aí na sua casa? A relação com os games é motivo de preocupação ou apenas diversão? Conte para a gente!
E para receber livros incríveis como esse e incentivar a leitura em sua casa desde cedo, faça parte do Clube Leiturinha!