“A gravidez é assim, essa verdade que vai crescendo devagar”.
“Escrever uma árvore, plantar um livro: Crônicas sobre a maternidade” é muito mais do que apenas um livro sobre a maternidade. Nele, de forma sensível, leve e bem-humorada, Cris Guerra traz nós nas gargantas e palavras perfeitas para aquelas sensações que só as mães conhecem. Ela diz da maternidade como um lugar que fica suspenso no ar em meio a tudo o que se passa na realidade. Talvez esse seja o lugar da poesia…
Um livro para ler, rir, chorar e, acima de tudo, se identificar
Cris Guerra diz dessa poesia que se espreme pra se mostrar nas relações entre os filhos e suas mães. É uma poesia que não faz rimas com palavras, mas com sentidos. Diz com tanta sensibilidade que te leva de volta a momentos vividos. Ou a sensações ainda inexploradas, mas que você sabe que estão lá, ali, aqui, prontas a serem descobertas. Quando ela diz, você pensa: eu poderia ter escrito isso. Era exatamente isso que eu sentia ou queria dizer!”.
“Sou a mãe possível: a melhor que posso ser”
Essa identificação enorme com as palavras dessa mãe solo, não é por acaso. Ser mãe é uma experiência única para cada uma de nós. Mas, algo em comum todas temos no miudinho. Seja naquelas tarefas indispensáveis, como socorrer um choro noturno, catar brinquedos pelo chão. Ou para explicar o sentido de muitas palavras que nem mesmo nós tínhamos nos dado conta ou pensado a respeito.
“Maternidade não é um posto heróico de quem cultiva o sacrifício como sinônimo de felicidade.”
A maternidade é cheia de clichês, como nos diz Cris Guerra, ela é também hiper romantizada. De repente, falar da maternidade se tornou clichê e enovelado como uma ação divina, perfeita e isenta de sentimentos negativos. As crônicas dela versam sobre uma mulher real que desvenda a si mesma enquanto desbrava a maternidade. Longe de ser romantizada, sua maternidade é real, é palpável, do aqui e agora.
“Mãe é palavra plural. Pra começar, é criatura de dois corações, um deles batendo fora do corpo. A maternidade é o esporte mais radical de todos – a prova nunca termina. Aventureira, a mãe aprende a viver com frio na barriga – e ai de quem tentar parar esse espetáculo”.
– Cris Guerra
Ler a mãe que a autora se transformou aos poucos, diz da maternidade que também foi nascendo em mim, junto de minha filha. Mas diz também da identificação que sinto quando a leio, enquanto mulher. Que embora mãe, ainda “cava” espaço para ser muitas outras: a amante, a amiga, a que também precisa de colo, a filha, a militante, a profissional.
Escrever uma árvore, plantar um livro: Crônicas sobre a maternidade
Autora: Cris Guerra
Editora: Gulliver
O livro está presente na Loja Leiturinha e faz parte da nossa seleção Especial do Dia das Mães! Se presenteie, ou presenteie alguém especial! Depois, que tal escrever sua própria crônica? Escrever é um exercício de olhar pra si mesma e também de poder se conectar com outras pessoas! Boa leiturinha!
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