O diferente pode causar estranheza em um primeiro momento. No entanto, conforme conhecemos e nos familiarizamos com o novo, compreendemos que o diferente é completamente normal e passamos a conviver com isso de maneira natural e tranquila. Certo? Certo.
Infelizmente, nem sempre é assim. A intolerância à diferença ainda são muito presentes em nossa sociedade. O racismo é um exemplo muito claro de um preconceito que, mesmo quando velado, causa muito sofrimento e inúmeras consequências para aqueles que o sofrem e para toda a sociedade.
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Precisamos falar sobre racismo com as crianças
Preconceito. Pré-conceito. Segundo o dicionário, é “qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico; sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância.”
As crianças chegam ao mundo livres de qualquer julgamento ou preconceito. A estranheza ao diferente, como já mencionado, é algo normal. Entretanto, a forma como a família e a escola lidam com esse estranhamento é que reafirma ou desconstrói os possíveis pré-conceitos formados.
Nesse momento, ignorar que a diferença existe não é o caminho, pois os pequenos irão se deparar com a diferença durante toda a vida. Pessoas com diferentes personalidades, visões de mundo, orientação sexual, aspectos físicos, crenças, gostos, ideias… Enfim, a diferença existe e isso é ótimo! Imagine só se todos fôssemos iguais?
Por esse motivo, o diálogo é muito importante. É preciso esclarecer que as pessoas são, sim, diferentes entre si. No entanto, isso não faz com que um ou outro seja melhor ou pior: o respeito está acima de tudo. A diferença tem que ser apresentada de forma positiva, afinal estamos em um interminável processo de aprendizado e o diferente sempre terá muito a nos ensinar.
Como a literatura pode ajudar?
A luta contra o racismo começa aqui, quando paramos e nos questionamos. Segundo a psicóloga Letícia Araújo, integrante da Equipe de Curadoria da Leiturinha, falar sobre o racismo com as crianças é muito simples. “A partir dos 3 anos de idade, as crianças já conseguem observar as diferenças e, com suas vivências e experiências, formam suas opiniões. Quando inicia-se este processo, é necessário a intervenção de um adulto para esclarecer possíveis dúvidas. Por isso, o diálogo desde cedo é muito importante”.
Aliás, a literatura pode ser uma ótima ajuda na hora desse diálogo. “Os livros infantis interferem e auxiliam na formação dos nossos pequenos como críticos-sociais, dando estrutura para enfrentar o mundo com mais segurança. Introduzir assuntos através da literatura pode ser mais fácil, uma vez que o tema é apresentado de maneira lúdica e de fácil acesso”, afirma Letícia.
Dicas da Loja Leiturinha para falar sobre racismo em casa
O mundo no black power de Tayó
Tayó é uma menina negra que tem orgulho do cabelo crespo com penteado black power, enfeitando-o das mais diversas formas. No livro O Mundo no Black Power de Tayó, a autora nos apresenta uma personagem cheia de autoestima, capaz de enfrentar as agressões dos colegas de classe, que dizem que seu cabelo é “ruim”. Mas como pode ser ruim um cabelo “fofo, lindo e cheiroso”?
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Coleção Black Power
Rosa Parks, Martin Luther King Jr, Nelson Mandela, Carolina Maria de Jesus, Barack Obama. A Coleção Black Power leva o nome de um movimento pelos direitos dos negros ocorrido nos EUA nas décadas de 1960 e 1970. Acreditando no poder dos livros como força transformadora, essa Coleção apresenta biografias de personalidades negras que são exemplo para as novas gerações. A ideia é que elas percebam que podem ter representatividade negra desde a infância!
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Olha aqui o Haiti!
O livro infantil Olha aqui o Haiti / Le voilà le Haiti é uma obra bilíngue (português-francês) que retrata a saga de uma família de imigrantes haitianos até chegar a São Paulo. Na trajetória, passaram pela Floresta Amazônica a partir do Peru, pela Brasilândia, no estado do Acre, e depois fazer uma longa viagem cruzando o Brasil de oeste a leste. Na história, o pequeno Jacques não vê a hora de encontrar Léon, seu primo também haitiano, que já está no Brasil faz seis anos.
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