Qual o papel dos pais no processo de psicoterapia infantil?

Nov 28, 2022 | Família

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Perceber que uma criança está tendo alguma dificuldade emocional nem sempre é tão simples. Elas muitas vezes não conseguem verbalizar o que sentem e pode levar algum tempo até que um adulto consiga identificar uma demanda para o acompanhamento psicológico.

Algumas vezes, a observação de necessidade da psicoterapia surge através da escola, do pediatra, de algum parente, mas, na maioria das vezes, os pais são responsáveis por perceber alterações no comportamento da criança e procurar ajuda. 

E o papel deles no processo terapêutico dos filhos já começa nesse momento. Isso mesmo! Desde o primeiro contato com o psicólogo os pais começam a participar do tratamento.

Para isso é importante que exista um vínculo baseado na confiança, pois pais e psicólogo deverão trabalhar juntos em prol da saúde emocional da criança.

A primeira consulta

Os pais são responsáveis por garantir a assiduidade do paciente nas sessões, por relatarem sua história e rotina, falarem de suas observações em relação aos comportamentos e vínculos afetivos da criança.

É importante que a primeira consulta com o profissional seja realizada com os pais, para levantar o maior número de informações possíveis sobre o caso e esclarecer possíveis dúvidas a respeito do processo terapêutico.

Dado o início dos atendimentos com a criança a participação dos pais segue constante e é necessário que eles estejam dispostos a colaborar com o processo, uma vez que é frequente que a dinâmica familiar sofra algumas mudanças com a criança em psicoterapia.

O processo da psicoterapia infantil

Os sintomas da criança podem refletir alguma questão da família (confusão de papeis, limites confusos e conflitos, entre outras coisas) e dessa forma, é importante que ocorram modificações não apenas no paciente, mas em todo o sistema familiar.

Além disso, os pais são as principais figuras de referência das crianças e o comportamento deles tem influência direta no comportamento dos filhos e em suas relações afetivas. Por isso, o contato frequente entre pais e psicólogo é fundamental. 

Ao escutar e acolher os pais, o psicólogo da criança pode fornecer recursos para que eles apliquem em casa o que for trabalhado nas sessões, transferindo os ganhos da psicoterapia para todas as outras áreas da vida dela.

Em alguns casos é recomendado também que os pais procurem um psicólogo para si, já que as dificuldades e sentimentos do filho podem gerar ansiedade e angústias. Dessa forma, os pais podem trabalhar esses sentimentos a fim de que todos ganhem no processo.

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Flávia Carnielli

Mãe da Maria Clara e da Rafaela, mestre em psicologia clínica, especialista em psicologia perinatal e formada em psicoterapia infantil. *Flávia é especialista em psicologia e foi convidada pelo Blog Leiturinha para compartilhar sua opinião com as nossas famílias leitoras.

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