Setembro Amarelo: quando a dor se torna insuportável

set 14, 2020 | 10+ anos

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Enquanto sociedade, o quanto estamos dispostos para dialogar sobre suicídio? Sabemos que o tema é delicado e requer uma discussão para além das estatísticas que são, sem dúvidas, alarmantes. Entretanto, mesmo sendo possível mensurar os índices e detectar grupos de risco, as pesquisas não consistem o sofrimento psíquico vivenciado de modo individual e solitário. É com o objetivo de falar sobre este tema, que ainda é tabu, que surgiu a campanha Setembro Amarelo

Impactos que a pandemia trouxe

Em 2020, o Setembro Amarelo ganha um tom ainda mais preocupante. Diante dos impactos emocionais, do isolamento social e da incerteza de um porvir devido a pandemia da Covid-19. Assim, traz a urgência e a necessidade de se falar sobre o assunto. O propósito de promover essa discussão é alcançar o maior número de pessoas, alertando sobre a conscientização e a prevenção do suicídio.

Dados recentes apontam que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. Estima-se, porém, que 90% dos casos poderiam ser evitados. Teria então, uma maneira correta para se abordar este tema?

Precisamos falar sobre o assunto

Consideramos que há maneiras mais saudáveis para conversar sobre o suicídio, para tanto, é imprescindível saber a qual público ou para quem a fala será direcionada. Sendo este voltado para um grupo de profissionais, o conteúdo deve contemplar as áreas de conhecimentos e interesses daqueles presentes, contendo informações, dados e estudos de fontes confiáveis. Pode-se, inclusive, abrir um espaço de discussão e trocas de experiências. 

Se o encontro for voltado para a população em geral, além dos conhecimentos e informações prévias sobre o assunto e o público, o interlocutor precisará pontuar sua fala com cautela e se sentir seguro para sustentar possíveis questionamentos.

Peça ajuda!

Se a situação se apresentar de modo individual, a partir de observações de uma pessoa em sofrimento, a escuta é fundamental para criar um ambiente de confiança. Falamos então, de uma escuta que acolhe e de um ouvir dedicado.

Dentro da área da saúde mental, verificamos que não é raro a dor está presente nos discursos e narrativas daqueles que encontram na morte o fim desse sofrimento. Por isso, acredita-se que falar pode ser o início para um novo caminho.

Ao trazermos à luz por meio da pronúncia, quebra-se o tabu sobre o tema, abrindo possibilidades, seja numa intervenção profissional ou entre amigos, familiares e até mesmo um estranho.

Se precisar de apoio emocional, através do número 188 ou do site da CVV (Centro de Valorização da Vida), os atendimentos ocorrem gratuitamente com voluntários. E claro, de forma sigilosa! Se precisar de ajuda ou souber alguém que precisa, indique.

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Juliana Di Lorenzo

Mãe da pequena Olívia e psicóloga. Após vivenciar as transformações e vicissitudes da maternidade, escolheu por dedicar seus estudos e práticas à psicologia perinatal e parental. Atua no atendimento clínico e grupos terapêuticos, pois acredita nas possibilidades da fala e escuta compartilhada. *Juliana é especialista em psicologia e foi convidada pelo Blog Leiturinha para compartilhar sua opinião com as nossas famílias leitoras.

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