Nós somos seres ligados à casa. No ventre materno, temos nosso primeiro e doce lar. Depois disso, passamos a morar nos braços de nosso pais ou cuidadores e, sem dúvidas, no colo afetuoso de avós e familiares próximos. Crescemos, mas nosso anseio fundamental não muda: acolhimento! É aí que entra a relevância da casa, apartamento, seja lá qual for o formato do seu lar. É sobre isso que trata o nosso livro Original Leiturinha: “A Casa do Topo do Edifício”, feito especialmente para nossos assinantes!
A casa reflete quem somos
Quantas de nossas canções falam sobre casa, sobre lar? Na própria MPB, temos com esse tema músicas que marcaram gerações – como A Casa, de Vinícius de Moraes, e Casinha Branca, de Gilson Vieira (regravada por artistas como Roberta Campos). Isso porque o lugar em que moramos fala muito de nós mesmos.
No livro Original Leiturinha, “A Casa do Topo do Edifício”, essa relação é explorada por meio de um enredo singelo e ilustrações de grande sensibilidade. Já de início, o leitor irá se deparar com uma rua tranquila, lar de uma vizinhança amigável e alegre. Mas nesse lugar, no fim da rua, vive um homem solitário, cuja casa é cinza – assim como ele. E assim somos apresentados, pouco a pouco, a uma poética relação entre personagens e espaço físico, que se refletem um no outro.
Toda essa dinâmica acontece a partir de um evento que altera a rotina dos moradores desse lugar tranquilo: um edifício começa a ser construído lá ao final da rua, onde vive o homem cinza! Conhecemos, então, novos moradores e seus apartamentos. Dentre eles, o apartamento rosa de Rosália e Cínzia, duas irmãs de meia-idade que trazem consigo toda sua mobília rosada! A cor do espaço físico reflete a personalidade doce de uma das moradoras, que nesse quesito é totalmente diferente de sua irmã mal-humorada.
A casa fala de nossas conexões
Na obra, o espaço físico como construção de afetividade pode ser visto de forma ainda mais profunda e poética quando uma sensível pintora se muda para o edifício. Com seu olhar astuto, ela nota as sutis mudanças pelas quais passam o homem cinza e a nova moradora mal-humorada.
“A Casa no Topo do Edifício” fala do poder da verdadeira conexão humana. Essa conexão que surge, muitas vezes, quando menos esperamos. É isso que vemos acontecer com essas personagens que, pouco a pouco, vão mudando de cor ao interagirem um com o outro. O que era cinza ganha vida, ganha cor.
Em um mundo pós-moderno no qual podemos estar conectados a uma multidão nas redes, ao mesmo tempo em que nos sentimos sozinhos, esta leitura nos faz perceber o impacto de olhar nos olhos, rir com alguém e se deixar conhecer. É nesse momento que a construção do espaço físico é ressignificada. Passamos a adotar plantas dentro do apartamento por causa de alguém que entrou em nossas vidas. Mudamos as cores de um cômodo para a casa refletir o gosto de ambos. Trocamos a poltrona de lugar e abrimos espaço para mais um. E assim nossa vida – e nossa casa – se constrói. Com lugar de sobra para a identidade e a afetividade.
Tarefa de casa
Desfrute a leitura de “A casa do Topo do Edifício”, inspire-se e – por que não? – convide seu pequeno para redecorar algum objeto ou parte da casa com você! O resultado será incrível, pois irá refletir um pouquinho de vocês e dessa relação afetiva que é para a vida inteira!
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