15 mulheres cientistas para inspirar as crianças

ago 19, 2020 | Educação

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Ao pensarmos em nomes de cientistas que fizeram e fazem parte da história mundial, dificilmente pensamos em nomes femininos. Isso ocorre porque durante toda a nossa educação nas escolas, ouvimos principalmente sobre homens que revolucionaram a ciência, como Einstein, Freud e Newton. Agora, faça um esforço e tente se lembrar de mulheres cientistas que você conhece. Quem vem a sua mente? Difícil, né? Isso porque, embora muitas mulheres tenham mudado a ciência, por causa do preconceito predominante em suas épocas, acabaram esquecidas ou excluídas de suas próprias pesquisas. 

Qual a realidade atual de mulheres cientistas?

Atualmente, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), as mulheres são a maioria dentro do mundo acadêmico brasileiro. Ao comparar em nível mundial, cerca de 49% da população é composta por mulheres e desse número, 28% são cientistas. Mas nem sempre foi assim. Muitas mulheres cientistas foram as primeiras a abrir as portas para que outras pudessem até cursar uma educação superior com menos preconceito. 

15 mulheres cientistas para inspirar as crianças

Se seu pequeno é curioso, sempre fazendo perguntas e buscando respostas diferentes, é importante incentivá-lo a seguir por esse caminho. Conhecer quem foram as mulheres que mudaram o mundo e enfrentaram barreiras, é fundamental para inspirar nossas crianças, principalmente as meninas, a poder escolher a profissão que elas quiserem. Pensando nisso, listamos aqui 15 mulheres cientistas que revolucionaram a ciência:

1. Hipátia (350-415)

Hipátia nasceu em Alexandria, no Egito e foi uma das primeiras matemáticas da história. Seu pai era um famoso erudito chamado Téon, que acreditava que deveria dar uma boa educação à sua filha, contradizendo as crenças de sua época. Foi responsável por ensinar astronomia e matemática para ela, fazendo-a se tornar uma especialista nas duas ciências. Foi uma das primeiras professoras de Alexandria e muitas pessoas vinham de longe para ouvir seus ensinamentos. Infelizmente, por ser mulher e ensinar, acabou sendo assassinada.

2. Wang Zhenyi (1768-1797)

Wang nasceu durante a dinastia Qing, na China feudal. Nesta época, a educação era apenas voltada para homens ricos, sendo que mulheres apenas costuravam e cozinhavam. Ela teve sorte de nascer em uma família de estudiosos que valorizaram sua educação. Desde pequena, aprendeu sobre astronomia e matemática, sendo a primeira pessoa a criar um modelo explicativo para o funcionamento dos eclipses solares. Além disso, aos 24 anos, publicou um guia de cinco livros chamado Princípios simples de cálculo. Até hoje, é lembrada como uma das maiores mentes da dinastia Qing.

3. Mary Anning (1799-1847)

Mary nasceu em uma cidade costeira da Inglaterra chamada Lyme Regis. Era algo comum que muitas pessoas daquela época não acreditassem na extinção das espécies e dinossauros, mas ela conseguiu provar que essas pessoas estavam erradas. Trabalhava coletando fósseis e vendendo para turistas ricos. Com 12 anos descobriu o primeiro esqueleto completo de ictiossauros, plesiosauros e pterosauros. Infelizmente, apesar de suas descobertas, era proibida de publicar artigos por ser mulher, chegando até mesmo a ter seu nome excluído de suas próprias pesquisas. 

 

4. Ada Lovelace (1815-1852)

Ada nasceu em Londres, na Inglaterra, filha do famoso poeta Lord Byron. Sua mãe, Anne Isabella Milbanke, conhecida como “Princesa dos Paralelogramas”, era uma matemática que desejava que sua filha tivesse uma boa educação. Por isso, desde pequena Ada obteve uma educação matemática extremamente rigorosa. Ao chegar na idade adulta e conhecer as máquinas da época, ela queria um mundo em que os computadores fizessem mais do que apenas cálculos, mas que também fossem extensões do cérebro humano. Por isso, foi a pessoa responsável por criar o primeiro programa de computador da história do mundo e seu dia é celebrado na segunda terça-feira do mês de outubro na Inglaterra.

5. Elizabeth Blackwell (1821-1910)

Elizabeth nasceu em uma família de abolicionistas e por isso, foi criada valorizando a igualdade e justiça. Foi uma das primeiras mulheres a entrar na Geneva Medical College, em Nova York e a primeira médica mulher dos Estados Unidos. Sua irmã seguiu seus passos e também se tornou médica. Juntas abriram em 1857 a New York Infirmary for Indigent Women, uma clínica que atendia especialmente mulheres pobres e indigentes. Também fundou duas escolas de medicina para mulheres, a Woman’s Medical College e a London School of Medicine for Women. Foi a grande responsável por abrir os caminhos para que mais mulheres pudessem cursar medicina e se tornassem médicas. 

6. Karen Horney (1885-1952)

Karen nasceu na Alemanha e estudou medicina na Universidade de Berlim, se tornando psicanalista. Em sua época, a grande teoria predominante era de Freud, em que se focava principalmente na mente dos homens. A teoria dizia que as mulheres queriam ser homens e por isso sentiam inveja deles. Karen foi a primeira pessoa a notar que muitos pacientes não se enquadravam neste padrão, principalmente as mulheres, sendo então responsável por criar o campo da psicologia feminina. Foi a primeira a defender que as mulheres não queriam ser iguais aos homens, mas sim ter a mesma independência que eles. Escreveu diversos artigos e fundou a Association for the Advancement of Psychoanalysis, sendo considerada uma das psicólogas mais influentes de todos os tempos.

7. Nettie Stevens (1861-1912)

Nettie nasceu em Vermont, nos Estados Unidos. Era de origem humilde e por isso juntava todos os centavos para pagar por seus estudos. Concluiu sua graduação em Stanford, uma das universidades mais reconhecidas do mundo e seguiu na área acadêmica, fazendo mestrado e doutorado. Revolucionou o mundo da genética ao descobrir que o que torna um bebê menina ou menino são os cromossomos X e Y (durante séculos os médicos achavam que era determinado pela alimentação da mulher na gravidez). Infelizmente, sua morte prematura fez com que sua descoberta na época fosse desconsiderada e esquecida. 

8. Marie Curie (1867-1934)

Marie nasceu em Versóvia, na Polônia, onde não era permitido que mulheres estudassem. Então, se mudou para a França para cursar a Universidade de Paris. Lá, se interessou pelo curioso brilho emanado dos sais de urânio e descobriu que esse brilho era produzido por ele mesmo. Foi a primeira a nomear e estudar as partículas radioativas, descobrindo o urânio, polônio e o rádio. Também, percebeu que ao mesmo tempo que os efeitos radioativos causavam sintomas negativos no corpo, o rádio também poderia combater o câncer, auxiliando então na criação da radioterapia. Ganhou o Prêmio Nobel de Química e o de Física pelas suas descobertas, sendo a única mulher a possuir os dois na história do mundo. 

9. Alice Ball (1892-1916)

Alice nasceu em Seattle e estudou química na University of Washington, seguindo a área acadêmica. Realizou o mestrado na University of Hawaii, se tornando a primeira afro-americana e americana a se formar nesta universidade. No início do século, a lepra começou a se espalhar e os doentes eram presos em colônias de leprosos, para não se misturarem. Aos 23 anos, Alice desenvolveu uma cura para a doença e permitiu que os doentes voltassem para suas casas e seus familiares. Com isso, ficou marcada como a responsável por curar uma doença sem esperança. 

 

10. Barbara McClintock (1902-1992)

Barbara nasceu em Connecticut, em Nova York, e obteve doutorado em botânica na Cornell University. Foi trabalhar na University of Missouri mas recebeu ameaças de ser demitida caso se casasse ou se seu colega de pesquisa deixasse a universidade. Por perceber que nunca alcançaria uma posição de docente, se demitiu. Foi para Cold Spring Harbor e descobriu então que grãos de milhos com as mesmas cores têm os mesmos genes rearranjados. Essa descoberta explicava os transposons – genes que “pulam” para uma parte diferente do cromossomo para se ligar ou desligar. Deu uma palestra em que contou sua descoberta em 1951, mas não ganhou credibilidade. Foi reconhecida apenas trinta anos depois, quando ganhou o Prêmio Nobel em 1983, sendo uma das maiores descobertas da genética. 

11. Rachel Carson (1907-1964)

Rachel nasceu e cresceu em uma fazenda na Pensilvânia. Realizou seu mestrado de Zoologia na John Hopkins University. Sempre gostou muito de escrever, ganhando o National Book Award com o livro The Sea Around Us. Uma realidade da década de 50 é que a indústria e o governo dos Estados Unidos começaram a abusar do uso de um pesticida chamado DDT, que sabemos hoje ser muito tóxico, causando câncer e problemas de fígado. Após um avião espirrando DDT matar todas as aves de um santuário, Rachel ficou indignada e escreveu sua obra mais famosa: Silent Spring. Nela, denuncia o governo de adotar essa prática, envenenando animais e seres humanos, causando desastres no planeta com o uso deste pesticida. Seu trabalho foi responsável pela criação da Agência de Proteção Nacional ao Meio Ambiente dos Estados Unidos e inspirou o movimento ambiental ao redor de todo o mundo.

12. Gertrude Elion (1918-1999)

Gertrude nasceu no Bronx, em Nova York, e se formou com apenas 15 anos no Ensino Médio. Seu avô morreu de câncer e, por isso, decidiu que iria dedicar sua vida à luta contra essa doença. Durante a Grande Depressão dos Estados Unidos – uma crise financeira extremamente grande – mesmo desfavorecida pelo mercado por ser mulher, conseguiu um emprego na empresa farmacêutica Burroughs Wellcome. Criou dois remédios para o tratamento da leucemia, dando início a uma nova era da pesquisa do câncer. Além disso, descobriu a base de muitos antivirais, salvando a vida de milhares de pessoas.

13. Rosalind Franklin (1920-1958)

Rosalind nasceu em Londres, na Inglaterra, e obteve seu doutorado pela Cambridge University, mesmo a contragosto de sua família. A grande questão de sua época era tentar entender qual era a aparência do DNA. Para isso, ela passava horas usando técnicas de Raio-X nas delicadas fibras do DNA, sendo a famosa dona da foto que provou que ele é formado por uma dupla hélice. Na mesma época, James Watson e Francis Crick estavam estudando a mesma pergunta e espiaram sem permissão o trabalho de Rosalind, copiando e publicando sem dar crédito a ela. Rosalind morreu muito jovem após muitas horas exposta à radiação de seu trabalho e após isso, os dois receberam um Prêmio Nobel. Ela, então, é lembrada como a mulher que deveria ter recebido esse prêmio mas foi excluída de seu próprio trabalho.

14. Katia Krafft (1942 – 1991)

Katia nasceu na França e estudou geologia na Universidade de Estrasburgo. Era muito fascinada por vulcões, tentando entender como eles ocorriam. Era corajosa e documentava suas erupções pessoalmente. As suas observações trouxeram um maior entendimento de como uma erupção é formada e quais são seus efeitos. Além disso, suas fotos auxiliaram os governos locais a terem informações suficientes para lançarem medidas de segurança e evacuações frente às erupções. Em 1991, morreu fazendo o que mais gostava, no vulcão Monte Unzen. 

15. Jane Goodall (1934)

Jane nasceu na Inglaterra e sempre foi curiosa com os animais, tendo o desejo de ir para a África estudar a vida selvagem. Conseguiu então viajar para o Quênia, onde foi contratada para estudar os chimpanzés. e para isso, viver entre eles. Vivendo entre eles, Jane ganhou a confiança deles e conseguiu registrar comportamentos nunca vistos antes, como o uso das ferramentas, a hierarquia complexa e as distintas personalidades. Foi patrocinada pela National Geographic Society e fundou organizações de proteção ambiental, como a Jane Goodall Institute para proteger os chimpanzés e o ambiente em que vivem da caça ilegal. Além disso, foi reconhecida como mensageira da paz da ONU. 

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Michelle Rachid

Apaixonada por comunicação, acredita que a aprendizagem eficaz acontece por meio da leitura e das brincadeiras. Leitora voraz, ama viajar e é fã de carteirinha de animações.

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