E então chegou aquela hora temida por muitos pais e mães: como falar com os filhos sobre sexo? Preciso tomar a iniciativa? Espero ele/ela me perguntar alguma coisa? Falo tudo o que eu sei? Até onde devo ir?
Essas perguntas são muito frequentes e a maioria dos pais tem dificuldade para conversar abertamente sobre o tema, mas, no geral, a parte mais difícil é começar a conversa. Alguns pais têm receio de que falar sobre sexo possa ser um estímulo ou ainda sentem medo de dizer algo errado.
Como começar essa conversa?
Em primeiro lugar não se assuste! Mesmo uma criança pequena pode ter curiosidade e abordar o assunto. Não é necessário ter um discurso pronto e nem falar de uma vez tudo o que você gostaria que seu filho ou sua filha aprendesse sobre sexo.
Procure investigar o que ele/ela já sabe e deixe que faça perguntas abertamente. Sua postura ao falar com os filhos sobre sexo, a forma como irá conduzir a conversa e sua opinião são bastante influentes na forma como ele/ela irá lidar com isso e se relacionar com outras pessoas. É legal ter uma atitude natural, pois isso ajuda a destruir mitos e a corrigir ideias erradas.
É importante não deixar nenhuma pergunta sem resposta, pois a criança ou o adolescente podem entender que esse assunto é um problema e nunca mais abordarem ou tema ou adotarem uma postura negativa diante dele. Tente falar a verdade, utilizando palavras sensíveis e de acordo com a idade do seu filho/sua filha. As respostas devem ser claras, objetivas e não precisam ir além da pergunta.
Procure oportunidades em situações do dia a dia para iniciar um bate papo descontraído, como por exemplo, um filme que estiverem assistindo juntos ou um programa de televisão. Isso pode facilitar a conversa e ajudar na hora de abordar algum tema.
Sobre o que posso falar?
Fale sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, métodos contraceptivos, aspectos biológicos do sexo, sentimentos, insegurança, atração. Não se cobre para ter todas as respostas, mas permita que seu filho/sua filha encontre um espaço de escuta acolhedor, confiável e amigo.
Para que isso aconteça não ria das perguntas que ele/ela fizer, fique preparado para repetir informações, esteja atento para as reações diante das respostas, e, principalmente, veja se ficou alguma dúvida ou se ele/ela ficou satisfeito com o retorno.
Por mais delicado que falar com os filhos sobre sexo possa parecer, a conversa não pode ser evitada. Só assim ele/ela se tornará um adolescente seguro e um adulto bem-resolvido nas questões referentes aos relacionamentos e ao sexo.
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