Todas as crianças têm o direito de entrar em contato com os mais variados gêneros literários e tipos de livros. É a partir deste encontro que elas poderão desenvolver o gosto genuíno pelos livros. Além de aproveitar integralmente os benefícios que os livros tem as oferecer. Por isso, nós da Curadoria da Leiturinha temos como objetivo propiciar o encontro dos nossos pequenos leitores, e sabemos a importância da leitura na primeira infância , com essa variedade presente na literatura mundial. Modéstia à parte, nosso país, o Brasil, possui como uma de suas grandes riquezas, a literatura e ilustração destinadas aos livros infantil. Poderíamos passar aqui horas apenas citando grandes nomes como Ruth Rocha, André Neves, Nelson Cruz e, claro, Marilda Castanha. Mas, antes de falar da grande autora que assina este livro, quero introduzir o objetivo do envio desta grande obra para nossos pequenos leitores.
Nós, pais, não temos a pretensão de nos tornar especialistas em tudo que fazemos com os pequenos
Mas, quando, por exemplo, vamos começar a introdução alimentar, pesquisamos ao máximo sobre o assunto para propiciar aos nossos filhos as melhores primeiras impressões e experiências com comida. Isso porque temos o objetivo que ele goste de comer e crie bons hábitos alimentares. O mesmo deveria acontecer com os livros.
O mesmo deveria acontecer para a leitura!
Por mais que não compreendamos totalmente os benefícios de alguns tipos de leituras, é inegável que entrar em contato com elas trará boas consequências para o desenvolvimento dos nossos pequenos. Concordamos que, pode ser que uma criança não goste de uma verdura ou um legume de primeiro. Ou então, não entenda a importância de comer aquilo. Mas, mesmo assim, não deixamos de incentivar o hábito de comê-los, porque sabemos que será bom para nossos filhos. A dica que aqui deixo é: faça o mesmo com os livros! Tenho certeza que a médio prazo você conseguirá entender a importância que aquela obra teve no crescimento e construção da infância do seu pequeno.
Voltando à história… ou a autora. Antes da obra, vem a criadora, e essa criadora tem uma grande importância para nós da Leiturinha. Por isso não poderíamos exitar em fazer uma produção Original Leiturinha para a primeira infância com ela.
Sobre a autora
Marilda Castanha, mãe de dois filhos já adolescentes, começou a ilustrar livros infantis na década de 1980, enquanto era estudante de artes plásticas. Afirmando o quanto desenhar é coisa séria, Marilda coleciona prêmios e fãs fiéis. Não há um que arrisque um traço para criança no papel que não conheça a riqueza da sua obra. Marilda é a cara do valor da nossa cultura. Tanto que foi até para a Coréia do Sul, no Nami Concours, contar pro mundo como consegue atingir tanta gente às vezes sem usar muita palavra. Como uma boa mineira, com seu traço brasileiro repleto de significado.
Sobre a obra
Mas, Pode? Por ser um livro ilustrado, ilustrações, texto e projeto gráfico têm que fazer sentido para formar um conjunto harmonioso.
“Daí a importância de todos os elementos do livro, inclusive as abas, (ou dobraduras internas) que se abrem em determinadas páginas. Elas não estão ali por acaso. A narrativa do texto e das imagens pediam que a surpresa contida, nas imagens e no texto, fosse ora resguardada, ora revelada. A escolha do formato do livro também tem um porquê. Por ser um livro para crianças (sendo elas alfabetizadas ou não), escolhemos um formato que, mesmo com as abas abertas não ficasse exageradamente grande e ainda coubesse no colo. Ou nas mãozinhas de uma criança pequena.”, diz Marilda.
Ao receberem o Mas, Pode? Marilda espera que as crianças possam, com a ajuda dos pais e da leitura compartilhada, perceberem novas formas de entender e nomear. Não só as cores, mas também o mundo.
Nas palavras da autora…
Perguntamos a autora como ela acredita que esta obra chegará na casa dos pequenos. Ela deixou a seguinte mensagem:
“Eu gosto muito de observar como as crianças se expressam, como elas lidam com o imaginário e – principalmente – como elas se organizam para se expressar através da linguagem. Quando meus filhos eram bem pequenos eu comecei a anotar as inúmeras frases que revelavam como eles definiam e apreendiam os diferentes conceitos de mundo. Pela observação e/ou por ideias concretas, muito visuais, eles iam me mostrando como estavam entendendo o mundo.
Ouvi então frases extremamente poéticas. Mais recentemente, quando pensava nas primeiras ideias para fazer o livro, fui ler, por acaso, um catálogo de tintas. Aí percebi como que alguns nomes que damos às cores lembram aquela forma poética das crianças pequenas. Por exemplos, nomes como: branco geada, amarelo fogo, vermelho amora, vermelho rubi ou verde topázio, além de serem muito poéticos nos sugerem imagens. Ou seja, quando lemos podemos “ver” a cor.
Para a criança muito pequena isto é importante, porque ela terá dados concretos. Tanto para fazer comparações quanto para entender melhor o mundo que ela está descobrindo. Sei que muitos destes termos do livro talvez serão novidade para as crianças. Por isto a importância da leitura compartilhada, da presença dos pais, que podem ser os melhores mediadores da leitura de um livro. Juntos, adultos e crianças verão formas inusitadas – ou não – de entender e nomear, não só as cores, mas também o mundo.”
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