A autoestima da criança está diretamente ligada ao estímulo da sua autonomia, ou seja, conseguir realizar tarefas sozinha dentro da sua fase de desenvolvimento. No entanto, constantemente, por amor, fazemos pelos nossos filhos atividades que eles são plenamente capazes de fazer sozinhos. E, sem perceber, acabamos gerando neles o sentimento de incapacidade. Descubra como lidar com autoestima baixa da criança.
Como lidar com autoestima baixa da criança?
Se seu filho repete constantemente a frase “eu não consigo” e você passa a acreditar nele a ponto de realizar determinadas atividades no seu lugar, ele começará a criar áreas de incapacidade. Se isso vira rotina, surge na criança a crença de que ela não é capaz de realizar um monte de coisas.
Com isso a autoestima do seu filho diminui e ele passa a se ver como alguém incapaz. Nosso papel enquanto pais é perceber em que fase do desenvolvimento nosso filho está e encorajá-lo nas tarefas e atividades que ele esteja pronto para desempenhar.
Por exemplo: uma criança de três anos talvez ainda não esteja pronta para amarrar o cadarço dos seus tênis, pois ainda não tem motricidade fina completamente desenvolvida. Por mais que você a incentive, esse ainda não é o seu momento. Nesse caso, a melhor forma de ajudar a criança a compreender que ela é capaz de realizar o que quiser, mas que ainda não está pronta para aquela tarefa, é utilizar o “ainda” no final da frase.
Quando ela lhe disser: mamãe, não consigo amarrar os tênis, você pode ajudá-la completando com “ainda”. Ensine-a dizer: “mamãe, eu não consigo amarrar meu tênis, ainda”. O ainda traz para a criança o poder de seguir tentando.
Se a criança estiver pronta para desenvolver determinada atividade, mas insiste em repetir que não consegue, não tente convencê-la de que ela consegue elogiando, explicando, oferecendo recompensas, ameaçando com castigos ou com a possibilidade de consequências terríveis do tipo: se você não fizer isso, ninguém irá querer ficar com você no futuro (pais e mães sabem ser muito cruéis com as palavras quando se sentem magoados ou com medo).
Se você segue esse caminho o resultado acaba sendo, quase sempre, o mesmo: pais exaustos e filhos magoados. Tentando evitar um stress maior ainda, vamos lá e desempenhamos a tarefa pela criança com a esperança de que na próxima vez será diferente.
Por isso, quando seu filho insistir em repetir que não consegue, tenha paciência e mostre a ele o quanto você acredita na sua capacidade de realizar aquela tarefa. Ao invés de dizer “é fácil” quando ele estiver aprendendo, diga “vá com calma, no início pode ser difícil mesmo”. Quando reconhecemos o que a criança está sentindo ela se sente validada e fica mais propensa a tentar novamente. Permita que ela erre quantas vezes seja necessário. Seu papel como mãe/pai é encorajá-la e não fazer por ela. Com paciência, acompanhamento e firmeza é possível sair do “eu não consigo” para “Consegui!”.
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