Dia da Criança Africana, a contação de histórias e a cultura

jun 14, 2019 | Leitura

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A memória, onde cresce a história, que por sua vez alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro. Devemos trabalhar de forma que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens. (Jacques Le Goff)

Heroínas e heróis de Soweto

Em 16 de junho, comemora-se o Dia da Criança Africana, data que surgiu em decorrência de um protesto em Soweto, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Neste dia, centenas de crianças e adolescentes se organizaram para protestar contra o ensino obrigatório da língua africâner, a favor do ensino de sua língua materna (que era composta de vários dialetos) e também melhorias na educação.

No entanto, esta manifestação pacífica culminou em um final trágico, com centenas de mortes e feridos. Essa tragédia, então, alertou o mundo e a sociedade quanto à necessidade de proteção das crianças, sobretudo africanas. Por isso, é um marco na história dos direitos da criança em todo o mundo.

A importância da história oral

Sabe aquela história que seu avô ou avó te contou antes de dormir? Histórias sobre pessoas e seus grandes feitos, histórias que foram passadas de geração a geração até chegar em você? Pois é, estas histórias são muito importantes, pois sustentam e constituem boa parte da cultura popular. Sejam elas verdadeiras ou não!

O ponto central é que estas narrativas orais carregam em si valores e costumes coletivos, que contribuem para a preservação e manutenção da cultura. Afinal, a partir delas, é possível reconstruir os comportamentos e tradições de um povo ou local, que até então eram desconhecidas ou incompreensíveis. Sendo assim, estas histórias têm a função de educar gerações, explicar sobre as vivências e, de certa forma, dar sentido às vidas individuais e coletivas.

A contação de histórias com seres folclóricos, mitológicos ou lendários, por exemplo, também têm sua função cultural. Dentre elas, o de explicar fenômenos da natureza, que antes eram um grande mistério a ser descoberto. É o caso da origem das chuvas, do sol e do pensamento, por exemplo.

Assim, os mitos têm a função de organizar as relações sociais e proporcionar à humanidade o elo entre o humano e a natureza, mantendo vínculos secretos que necessitam ser desvendados, à medida que se tem curiosidade ou perplexidade sobre a origem da vida.

Ombela e Nuang: histórias carregadas de mitologia e história

Para homenagear o Dia da Criança Africana, a Equipe de Curadoria da Leiturinha preparou duas sugestões de livros infantis da Loja Leiturinha, que trazem em sua narrativa toda força e respeito à ancestralidade através de duas personagens: Ombela e Nuang. Duas personagens femininas que têm muito a dizer sobre seu povo, sua cultura e, especialmente, sua força e potencial transformador da realidade. Conheça cada uma delas:

Ombela e a Origem das Chuvas

Editora Pallas Mini

Ombela e a Origem das Chuvas conta a história de Ombela, uma deusa que estava muito triste. Para que suas lágrimas não perturbassem os seres vivos da Terra, ela as fez salgadas, para que pudessem alimentar todos os mares. Assim, suas lágrimas se transformaram em chuva.

No entanto, Ombela aprendeu que as lágrimas não vêm apenas da tristeza, mas da felicidade também. Assim, as de felicidade eram doces, e encheram os rios. Era dela que minavam as águas que caíam dos céus. Doces ou salgadas, elas falavam sobre o humor de Ombela!

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Nuang: Caminhos da Liberdade

Editora Piraporiando

Nuang é uma menina de muitos talentos, que vivia no povoado de Uthando, em busca de Uhuru. Neste livro, Janine Rodrigues nos presenteia ao publicar esta história que nos conta sobre os encantos de Nuang.

Esta é uma personagem que representa toda força e coragem dos povos africanos, nos remetendo às histórias poéticas cheias de fantasia e seres mágicos, mas nem por isso menos reais e verdadeiras. Luciana Nabuco, com suas cores alegres, foi quem ilustrou esta história, há muito guardada pela autora!

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Rafaela Martins

Acredita que a literatura e a curiosidade são caminhos para se conhecer o mundo. Através delas, nos tornarmos mais sensíveis e dispostos à uma educação coletiva e libertadora.

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