O encontro de gerações e os bons frutos desta relação
O que acontece quando diferentes gerações se encontram? O que acontece quando uma criança, com toda sua força e potência transformadora se confronta com alguém na velhice? Primeiramente, vale lembrar que a velhice está longe de se limitar àquele estereótipo negativo de “ultrapassado” ou “defasado”, mas alguém cujo tempo deixou suas marcas e experiências e cujas referências foram, muitas vezes, atualizadas, modificadas, refeitas e ampliadas.
A infância e a velhice são singulares e cada pessoa passa por estas fases da vida de uma forma, construindo seus próprios conceitos sobre suas experiências. Mas podemos dizer que o espaço de tempo entre as gerações faz com que o encontro entre um e outro seja, primeiro de estranhamento, e, caso a relação se desenvolva, de muito aprendizado mútuo!
Basta passar alguns momentos em um parquinho para sair de lá com os olhos cheios de energia e vitalidade! E quem nunca ouviu uma boa história ou conselhos de alguém mais velho, ou se sentiu acolhido ou incomodado, por uma palavra amiga e sábia? Fato é que, estando em uma ponta ou outra desta relação, sempre temos a ganhar quando há a troca.
- Ser avô é ser um pai com mais calma, mais tempo e mais experiência
- Vovó, obrigado pelo seu amor sem medidas!
Um bom exemplo disso são iniciativas de escolas que promovem encontros com avós, ou de grupos de crianças que visitam Instituições de Longa Permanência, por exemplo. Em contato com as crianças e jovens, fica mais fácil se reinventar e construir novas maneiras de ser e estar no mundo. Da mesma forma, é inviável passar pela infância sem as referências sólidas daqueles que vieram antes, que já prepararam o caminho para os que chegaram depois.
Um estudo publicado pela Revista CEFAC, em 2016, aponta que encontros intergeracionais promovem o fortalecimento de vínculos, mudanças positivas no respeito mútuo e valorização das experiências um do outro, diminuição de preconceitos, convivência satisfatória, entre outros aspectos.
Para o Seu Almeida, com um Abraço: uma história sobre empatia e bondade
Pensando na importância da valorização de momentos de trocas entre os pequenos e os mais velhos, a Equipe de Curadoria da Leiturinha selecionou um livro muito especial, que aborda o tema de forma poética e bem-humorada. Para o Seu Almeida, com um Abraço é um livro da Editora Abacate, de autoria de Elisabeth Steinkellner e Michael Roher.
O livro conta a história de três grandes amigas e seu embate com um senhor que chega à vizinhança. Seu Almeida é um senhor ranzinza, tristonho e com maus hábitos. Em busca de um jeito de ajudá-lo, as três garotinhas armam um plano de ação que vai levar alegria e novos ares à vida de Seu Almeida. Uma história sobre empatia e bondade.
Como falamos ali em cima, todos temos a ganhar quando criamos relações significativas com pessoas de diferentes gerações. Os mais velhos carregam em si a memória viva e afetiva de nossas origens. Aqueles que guardam em suas memórias o aprendizado e a produção de uma vida, são os porta vozes de nossas origens, guardiães de nossa história e cultura e responsáveis por passá-las adiante, torná-las conhecidas e vivas.
Aos pequenos, aos recém-chegados, donos do futuro que promete mil vidas a serem vividas, cabe a busca e a valorização desta herança carregada pelos mais velho e a responsabilidade de a tudo refutar, questionar, movimentar, e de também acolher e guardar o que convém.
Dica Leiturinha: 12 livros infantis para ler com os avós
Pensando nisso, preparamos uma dicas super especial de leitura. São 12 livros infantis que retratam de maneira leve, divertida e lúdica a relação entre os pequenos e seus avós. Uma ótima oportunidade de os pequenos encontrarem os vovôs e vovós para deliciosos momentos de leitura e contação de histórias!