Festa Literária Internacional de Paraty: Um verdadeiro mergulho no universo literário
Entre os dias 25 e 29 de julho, aconteceu a 16ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o maior e mais importante evento de discussões literárias do Brasil, reunindo autores, editoras, pesquisadores e todos os amantes de livros em um encontro com mesas e oficinas sobre uma das nossas maiores paixões: o universo literário. São cinco dias em que a cidade de Paraty (RJ) respira e transpira literatura! E, claro, nós estivemos por lá conferindo tudo isso bem de pertinho e deixando também a participação da PlayKids contando sobre nosso clube do livro, a Leiturinha, na Flip 2018!
Flip 2018: Para todos os gostos e paixões!
Promovendo novos olhares e discussões literárias desde 2003, a Flip, a cada edição, homenageia um grande nome da literatura e este ano a homenageada foi Hilda Hilst (1930-2004). Paulista de Jaú, Hilda dedicou sua literatura a poesia, ficção, teatro e crônica, abarcando temas como o amor, o sexo, a morte e Deus. Mas, para além das discussões sobre a obra de Hilda Hilst, o Festival contou também com uma programação paralela de parceiros, em grandes casarões de Paraty, como a Casa Libre & Nuvem de Livros, Casa de Não Ficção Época & Vogue Brasil, Casa PublishNews, Casa Instituto Hilda Hilst – Hysteria – Companhia das Letras e Barco Flipei – Festa Literária Pirata das Editoras Independentes. Essa diversidade de debates e temáticas faz da Flip um verdadeiro mergulho no mundo literário, atraindo pessoas de todos os lugares (de dentro e fora do Brasil), de todos os tipos e com todos os gostos! Afinal, o amor pelos livros une a todos e a todas!
Flip também é lugar de criança e de literatura infantil!
A cada esquina, pelas ruas e mesas dos restaurantes, nos grandes e lindos casarões da cidade, pelas praças e discussões, é comum ver o movimento de autores, não só nomes já conhecidos (como Xico Sá, Gregório Duvivier e Conceição Evaristo), mas também autores independentes que imprimem seus títulos e vendem de mesa em mesa.
Mas, para além disso, o que mais impressionou e encantou foi ver a quantidade de famílias com crianças pelas ruas! Seja no sling, de cavalinho nas costas do pai, de mãos dadas com a mãe ou correndo pelas praças, por todos os lados haviam pequenos e pequenas dando movimento, vida e alegria ao Festival e mostrando que a Flip é, sim, lugar de criança! Afinal, como acreditar no poder na literatura e de eventos como esse, sem incentivar a leitura desde cedo e perceber a importância de formar novos leitores? Se não há leitor infantil, como haverá leitores adultos?
Sabendo disso, a programação da Flip conta também com uma programação infanto-juvenil: a Flipinha (infantil) e a FlipZona (para os jovens). Estes espaços promovem discussões e contações de histórias voltadas para o público mais jovem, fomentando, assim como nosso trabalho com a Leiturinha, a importância de se ensinar o gosto pela leitura desde cedo.
Por falar nisso, outro ponto muito legal foi a programação voltada para a literatura infantil no Festival. Afinal, como ter pequenos leitores se não houver autores e autoras que se dedicam à escrita de livros infantis? Buscando, justamente, valorizar este trabalho e a literatura infantil de uma forma geral, a Flip trouxe uma programação que contemplou bastante o tema, principalmente na Casa Libre & Nuvem de Livros, com mesas como: Como garantir a autoria no livro infantil; Curadoria, uma conversa olho no olho: na era da indicação digital e Os medos ao escrever livros para crianças.
Trazer essa pauta para um festival como a Flip é fundamental para que possamos compreender cada vez melhor o papel da literatura infantil na vida de nossas crianças e também para a construção de um país mais leitor! (Aliás, essa é uma das forças que nos move também!).
A Leiturinha na Flip!
Além de andar por todos os cantos para conferir essa programação incrível (importantíssimo para nos atualizarmos e continuarmos entregando o melhor que há no mercado literário para nossos pequenos leitores), nós também participamos de uma mesa na Casa PublishNews. Com a mediação do jornalista Leonardo Neto e juntamente com Gustavo Lembert (da TAG) e Renata Nakano (do Clube Quindim), Cynthia Spaggiari, coordenadora da Equipe de Curadoria da Leiturinha, representou a PlayKids, contando sobre a história da Leiturinha na mesa Tudo novo de novo: como o mercado reinventou o clube do livro.
O debate abordou o reflorescimento dos clubes de assinatura nos últimos anos, como uma nova forma de trazer a literatura para o dia a dia de adultos e crianças, reinventando o mercado literário e ajudado muitas editoras nesse momento de crise. O bate-papo foi uma verdadeira troca de experiências, com depoimentos, números e histórias que mostram que os clubes vieram para ficar!
O mais legal de tudo isso é perceber o quanto nossa missão de formar novos leitores nos aproxima. Afinal, em um país que está em 27° lugar no ranking mundial de leitura, se unir para levar este hábito a cada vez mais adultos e crianças é algo que nos motiva a fazer sempre o melhor. Como disse Cynthia durante o debate, quando perguntada sobre como vê a Leiturinha daqui dez anos: “Vejo nossos pequenos leitores de hoje, aqui na Flip!”.
Viva a literatura!
É exatamente isso que sentimos nesses cinco dias de pura pulsação literária. Sim, tudo que fizemos e fazemos vale a pena. Transformar nosso país em um lugar onde os livros fazem parte do dia a dia de todos e todas, onde as crianças se encantam pelos livros desde os seus primeiros dias de vida, onde os livros unem pessoas e nos transportem para os mais diversos lugares (sejam eles físicos ou não)… Essa é a missão, a motivação e a inspiração do nosso trabalho diário! Viva a literatura!
Confira as edições anteriores da Flip: