Filho único: não ter irmãos é prejudicial à criança?

mar 22, 2023 | Família, Parentalidade

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Será que existe algum pai ou mãe de filho único que nunca ouviu a pergunta: quando vem um irmãozinho? É tão bom para a criança! Antigamente, as famílias com mais de um filho eram bastante comuns, mas atualmente é cada vez mais frequente encontrarmos pais que escolhem ter apenas um filho e, ainda hoje são cobrados ou questionados por isso. Mas será que ter irmãos é fundamental para o desenvolvimento de uma criança? 

Afinal, não ter irmãos é prejudicial às crianças?

De maneira nenhuma! O mais importante para o crescimento e o amadurecimento dos pequenos é a base e os exemplos que eles recebem no contexto em que vivem. 

O ambiente familiar e o tipo de família onde a criança vive, seja ela maior ou menor, têm grande influência na construção de sua personalidade e seus vínculos afetivos, mas isso não é necessariamente bom ou ruim.

A socialização da criança não depende necessariamente de ter um irmão

É claro que a convivência com outras crianças é extremamente importante, uma vez que nessas relações a criança amadurece, se percebe enquanto indivíduo, aprende sobre tolerância, frustrações, diferenças, trabalho em equipe e amizade, entre outras coisas. No entanto, uma criança que não tem irmãos não vai ser mais mimada, mais egoísta ou menos gentil por conta disso, e nem precisa ser solitária porque é filha única.

O sentimento de solidão é muito mais complexo do que ter ou não um irmão e está relacionado a forma como a criança registra suas relações com os outros e consigo mesma, e, quando bem estimulada, ela pode estabelecer bons vínculos de apego e segurança.

Mas e os amigos, podem substituir os irmãos?

Apesar de serem relações diferentes, ambas têm benefícios. Muito do que se aprende na relação com os irmãos pode sim ser aprendido no relacionamento com os amigos e, na interação com o grupo (mesmo que mais esporádica e menos intensa), as crianças podem tirar lições de empatia, gentileza e carinho.

O importante é que as crianças tenham sempre um olhar cuidadoso sobre elas e um espaço de escuta e acolhimento para falarem sobre seus sentimentos. Essas são as principais ferramentas para um desenvolvimento emocional adequado.

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Flávia Carnielli

Mãe da Maria Clara e da Rafaela, mestre em psicologia clínica, especialista em psicologia perinatal e formada em psicoterapia infantil. *Flávia é especialista em psicologia e foi convidada pelo Blog Leiturinha para compartilhar sua opinião com as nossas famílias leitoras.

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