O que fazer quando a escola se torna sinônimo de medo e violência?

abr 17, 2023 | Comportamento, Escola

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Nos últimos dias uma onda de violência tem tomado conta das escolas em todo país. Crianças estão com medo de ir para a escola, pais, professores e funcionários sentem-se ansiosos e inseguros no ambiente escolar. 

Como a onda de violência nas escolas afeta adultos e crianças

A circulação de notícias espalhando terror nas redes sociais é enorme e isso vem provocando uma série de angústias nas famílias que, por sua vez, sobrecarregam e pressionam as escolas (e muitas vezes as próprias crianças) exigindo respostas em relação a medidas de segurança.

O choque e o medo são muito naturais nesse contexto, mas precisam ser analisados com muito cuidado para evitar a propagação do pânico.

Juntas na proteção de nossas crianças

Os pais e a escola devem sempre lembrar que trabalham juntos em prol das crianças e que nesse momento essa parceria deve ser ainda maior. Uma relação de confiança entre os dois lados é fundamental para dar segurança aos pequenos que, muitas vezes, não têm maturidade para lidar com tanta informação.

O papel das escolas 

Para as escolas, além de medidas físicas de proteção como câmeras e segurança, cabem ações de acolhimento, promoção da saúde mental, orientações sobre bullying, autocuidado e valorização da vida. Um canal aberto de diálogo e promoção da cultura da paz deve existir, permitindo aos estudantes e as famílias um espaço para resolução de conflitos e dúvidas.

O papel das famílias

Em relação aos pais e responsáveis é importante acompanhar de perto as crianças e estar atento para qualquer sinal de que algo não está bem: mudanças de humor, baixa autoestima, ansiedade, perda de apetite ou apetite exagerado, distúrbios de sono e afastamento dos amigos, entre outros.

Além disso, é preciso acompanhar a organização do material e da vida escolar e observar o tipo de conteúdo que é consumido na internet e nas redes sociais.

O diálogo sobre o perigo das “fake news”, sobre diversidade, respeito, aceitação e amor ao próximo também deve se fazer presente em qualquer contexto.

Como conversar sobre esse assunto com a minha criança que está com medo de ir para a escola?

As conversas sobre o tema também são importantes e devem existir, mas as famílias devem sempre respeitar a faixa etária da criança e o nível de maturidade da mesma. Muitas crianças (e muitos adultos, na verdade) não têm o desenvolvimento emocional necessário para digerir todas as notícias e é um erro assumir que elas terão tranquilidade para agir diante de uma situação de extrema pressão. 

Exigir que uma criança seja responsável por sua segurança e estimular, ensinar e incentivar que ela aprenda a se defender diante de uma situação de violência pode gerar muita ansiedade e medo nos pequenos. 

O que sempre vale a pena é ajudar a criança a identificar uma situação de conflito e pedir ajuda quando necessário. Ter uma figura de referência, seja na escola ou em casa, pode trazer segurança e tranquilidade aos pequenos diante de situações difíceis.

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Flávia Carnielli

Mãe da Maria Clara e da Rafaela, mestre em psicologia clínica, especialista em psicologia perinatal e formada em psicoterapia infantil. *Flávia é especialista em psicologia e foi convidada pelo Blog Leiturinha para compartilhar sua opinião com as nossas famílias leitoras.

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