Vamos falar sobre refluxo em crianças? O refluxo é um retorno involuntário do conteúdo gástrico e é normal que aconteça com todos os bebês até os seis meses, porque nesse período alguns órgãos relacionados à digestão ainda estão em fase de amadurecimento.
O que acontece é que em alguns casos quando esse refluxo é muito intenso ou quando volta ácido, além de incomodar muito, ele desorganiza toda a boquinha do bebê. Então, toda vez que o refluxo vier ácido, ele vai gerar essa desorganização e anteriorizar o reflexo de vômito, gerando desconforto, incomodando o bebê e fazendo com que ele associe a alimentação a um momento doloroso e de desprazer.
Já sabemos que as questões sensoriais estão associadas à alimentação e amamentação. Dentre elas está a interocepção, que é o que nossos órgãos passam de informação para o nosso cérebro. Ou seja, se toda vez o bebê tiver um desconforto logo depois de ter se alimentado, o corpo vai assimilando que o ato de se alimentar é algo ruim, e isso pode gerar grandes prejuízos no desenvolvimento.
Quando o refluxo passa a ser um problema?
Mas, afinal, como saber quando o refluxo está dentro da normalidade do amadurecimento do bebê e quando já está na hora de procurar uma ajuda de um profissional?
É importante analisar quanto tempo depois o bebê está regurgitando: ele acabou de mamar e regurgitou? Esse tipo de refluxo dificilmente vai ser desconfortável. Já passou algum tempo, mais de meia hora, 40 minutos, uma hora? Quanto mais tempo passar, mais desconfortável esse leite vai estar.
Quando ele regurgita, ele chora? Ele regurgita muito e não ganha peso? Quando ele regurgita ele se desorganiza, sai até leite pelo nariz? Ele se irrita? Não consegue manter a qualidade da sucção durante a amamentação? Então são sinais de que esse refluxo está prejudicando a organização do bebê.
Se surgiu a dúvida, o ideal é sempre consultar um profissional e, se necessário, começar o tratamento o quanto antes.
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