Muitos pais brincam que gostariam que seus pequenos viessem com um manual de instruções junto. Inúmeras coisas que fazemos no dia a dia ajudam as crianças a se desenvolverem, mas outras nem tanto. Algumas frases que aprendemos porque nossos pais usavam conosco são reproduzidas hoje por nós com nossos filhos. Mas será que elas geram o impacto esperado ou poderíamos aprimorar alguns costumes? Pra te ajudar nessa missão, listamos aqui as 5 coisas que você nunca deveria falar para seu pequeno:
1. A prática leva a perfeição
É um ditado antigo e, muitas vezes, quando repetimos sequer tomamos consciência sobre seu significado. A expressão pode reforçar uma pressão desnecessária nos pequenos. Imagine uma criança que repete uma ação inúmeras vezes sem conseguir realizá-la com sucesso, ela pode ter uma dificuldade que não deriva da prática, mas sim de vários fatores. Ao invés disso, você pode tentar incentivar a criança com frases do tipo: “Não desista de primeira” ou “Não diga que não consegue antes de tentar”.
2. Você é igualzinho a….
Comparações são complicadas no universo das crianças. Isso porque elas podem influenciar o que as crianças pensam de si, gerando um conflito entre como elas se percebem e como elas percebem a pessoa com quem foram comparadas. Além disso, quando usamos essa frase geralmente estamos falando de características negativas da pessoa, não enfatizando alguma positiva. Por exemplo, quando pensamos que alguém é cabeça dura e vemos a criança tendo um comportamento desse tipo e falamos que ela é igualzinha ao fulano. Por isso, o ideal é evitar ao máximo comparações da criança com outras pessoas e não enfatizar uma característica, mas sim uma ação, por exemplo: “Você não está abrindo sua cabeça para isso, tente pensar de uma forma diferente”.
3. Estou de dieta
Cuidar da alimentação e da saúde são estímulos super positivos para as crianças. A questão aqui é o peso de se enfatizar ou reforçar várias vezes que está de dieta. Ao invés disso, você pode falar algo como: “Eu quero comer mais coisas saudáveis” ou “Eu vou sair para correr porque adoro a sensação de me exercitar”. São pequenos estímulos positivos que você está dando para criança de uma forma natural, sem que ela ache que esse tipo de comportamento é algo impositivo e que traz sofrimento.
4. Engole esse choro
O único recurso que muitas crianças têm para se comunicar é com o choro. Por isso, ao invés de falar para ela parar de chorar ou engolir o choro, você pode perguntar por que ela está chorando. Esse diálogo pode ser complicado em alguns cenários, mas vale a pena tentar. Você pode ficar na altura da criança, olhar para ela, abraça-lá, mostrar que está ali e que quer entender o motivo da tristeza ou da raiva – e tudo isso sem deixar sua posição de lado, se o motivo do choro for um mau comportamento, por exemplo.
5. Você vai ver só quando chegarmos em casa
Para nós isso soa como uma grande ameaça, mas para nossos pequenos isso nem sempre é interpretado da mesma forma. Primeiro porque o tempo da criança não é como o nosso, ou seja, a ameaça que você fez quando estavam no shopping não vai fazer sentido quando chegarem em casa, uma hora depois. Ela já nem se lembrará o que aconteceu para receber aquela bronca ou castigo. Além disso, no momento em que você fala isso, não está dando nenhum comando claro. Se ela está tendo uma ataque de birra, essa “ameaça” não a ajuda a sair dela e se acalmar, gera ansiedade sobre o desconhecido e, depois, já não terá um efeito de aprendizagem.
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