Ao analisarmos a palavra motivação, vemos que esta provém da combinação de motivar e ação. Ou seja, motivação é movimento que leva à ação.
A neurociência diz que toda ação motivada que atinge seu objetivo resulta na liberação do neurotransmissor Dopamina, que é aquela sensação gostosa de ter realizado algo. Um bebê quando tem fome é motivado a saciar sua necessidade, ao chorar e ser atendido, ele realiza o seu propósito, o que faz com que no futuro ele repita essa mesma ação, pois esse ciclo bem sucedido gerou uma ação motivada, e consequentemente a liberação de dopamina. A falta de dopamina no organismo está ligada à apatia, desmotivação e falta de ânimo. Isso mostra que ela é indispensável para o nosso movimento diário. E se pensarmos, a produção de dopamina está associada a algo relativamente simples, que é cumprir o propósito da ação.
5 formas de motivar seu pequeno – e você também!
Sendo assim, não é necessário criar mil e uma ideias diferentes para motivar seu filho, tais como viagens, presentes, passeios etc. Pelo contrário, o ideal é criar situações que possibilitem tentativas novas que resultem em prática e, consequentemente, novas descobertas.
Pensando nisso, reunimos 5 formas de motivar seu filho (e você também, por tabela!). Confira:
1. Convide seu filho a tentar algo novo com você.
Que tal tentar algo novo? Pode ser um passeio de bicicleta em uma rota nova pela cidade, uma competição de velocidade ou aprender a jogar peteca. O ideal é se expor a novas situações. Essa sensação de tentar algo novo e ir melhorando é um gás na motivação, por mais difícil que seja o início da atividade. Só o tentar já deixará o seu cérebro mais ativo, o que acionará mais sinapses e aumentará sua concentração e atenção ao aqui e agora, proporcionando aquela sensação de bem-estar.
2. Comemore pequenas vitórias de seu pequeno.
Seu filho conseguiu escrever seu nome pela primeira vez. Opa! Que delícia, comemore essas pequenas vitórias, isso significa que a ação motivada dele foi bem sucedida, e só isso já possibilitará comportamentos futuros com intuito semelhante.
3. Elogie o esforço, não o resultado final.
Na hora de elogiar, tente ressaltar o esforço e não o resultado final, ex: Ao invés de falar “Nossa, como você é inteligente”, tente falar “Nossa, está vendo como tentar valeu a pena? Olha só o resultado!”. Segundo Carol Dweck, no livro “Mindset: A nova psicologia do sucesso”, as nossas palavras proporcionam condições para que nossos filhos criem um mindset progressivo, que possibilite novas tentativas ou um mindset fixo, que relaciona o resultado a qualidades pessoais, dificultando novas tentativas. Ao elogiar o progresso, nós incentivamos que nossos pequenos sempre busquem tentar coisas novas e não apenas resultados.
4. Convide seu filho a praticar o autoconhecimento.
Instigue seu filho a tentar se entender. Questione-o sobre suas ações, motivações e percepções perante o mundo. Situações de conflito são ótimas oportunidades para auto reflexão. Se seu pequeno teve um ataque de birra, posteriormente, quando a situação estiver calma, convide seu filho a perceber seus gatilhos. Questione-o sobre o que aconteceu que o fez ficar tão bravo e qual teria sido a melhor forma de contornar a situação. Conforme seu pequeno for crescendo, aumente o convite para a inteligência emocional. Entender os sentimentos ajuda na auto regulação, fator essencial para a automotivação futura.
5. Crie situações de compartilhamento.
Seja durante o almoço, o jantar ou trinta minutinhos depois da escola. Crie o hábito de compartilhar o dia de vocês. Esses momentos são decisivos para o estabelecimento de vínculos de confiança. Pergunte sobre o dia do seu pequeno e mostre interesse em conhecer os amigos, os conflitos e as novidades do dia. Aproveite esse momentos para que seu filho te ouça também e entenda em que se baseia a troca. Conte para o seu filho sobre o seu dia, divida decisões importantes com ele. Isso intensifica a relação e o hábito, fazendo com que esse canal de comunicação esteja sempre aberto entre você e seu pequeno.
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