8 frases que nunca deveriam ser ditas pelos pais

ago 18, 2015 | 0 - 3 anos, 10+ anos, 4 - 6 anos, 7 - 10 anos, Família, Parentalidade, Sem autor

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Há muitas coisas que os pais costumam falar para os seus filhos que não deveriam ser ditas, especialmente porque podem prejudicá-los emocionalmente.

Mesmo que aconteçam sem que os pais percebam, as crianças acabam sendo atingidas de muitas maneiras. Entre os efeitos negativos, sem dúvida, a diminuição da autoestima é o que mais se sobressai. Isso porque ela funciona como armadura contra os desafios do mundo.

Se desejamos que a criança se sinta capaz e, ao mesmo tempo, amada para enfrentar os desafios, a maneira como falamos com ela determinará o olhar que terá sobre si mesma. “Os pais têm em suas mãos uma oportunidade única de ajudar seus filhos a gostarem deles mesmos e a superarem suas dificuldades logo nos primeiros anos de vida”, explica a terapeuta infantil Mônica Pessanha.

“A Valentina gosta muito de brincar de mamãe e filhinho, sempre me usando como referência”, conta a mãe Cauane Maciel. Esse foi o momento em que Cauane percebeu que a filha de 3 anos a imitava em seu jeito de ser e falar.

“Eu tinha o costume de falar em um tom mais alto, em vez de firme, e de apontar o dedo. E ela fazia da mesma maneira com os amiguinhos e bonecas”, relata.

Essa atitude da criança fez com que Cauane se sentisse mal, pois via que Valentina repetia uma ação que não deveria servir como inspiração. “Um dia sentei com ela e expliquei que era muito feio fazer aquilo, que a mamãe também estava errada em agir daquela maneira e que as coisas iriam ser diferentes”, conta. Desde então, a mãe mudou a forma de dar broncas e, hoje, Valentina continua imitando Cauane, mas de uma maneira mais positiva.

A seguir, confira 8 frases que nunca deveriam ser ditas pelos pais, segundo a psicoterapeuta de família Marilia Gabriela Leme e a terapeuta Mônica Pessanha.

“Você nunca faz nada direito”

Esse tipo de frase envergonha e incapacita a criança. “Embora muitas pessoas pensem que a vergonha é uma boa forma de punir as crianças, na verdade isso impede que elas consigam as ferramentas de que precisam para desenvolver suas habilidades”, elucida Mônica. A longo prazo, a vergonha vai tornar a criança menos capaz de tomar as decisões certas. Vale lembrar que vergonha é diferente de culpa (o que pode realmente ser uma emoção saudável) porque contém sentimentos de remorso e responsabilidade. Em vez disso, use frases em que haja ensinamento: “Querido, você fez de um jeito diferente do que a mamãe estava acostumada, o que acha se eu lhe mostrar como fazer?”.

“Os homens são todos iguais”

Esta frase impacta profundamente não só a relação da criança com a figura paterna, como também na relação dela com a figura masculina.

“Por que fui ter filhos?”

É bom lembrar que o fato de uma mãe dizer isso não a torna um monstrinho. Todas nós somos capazes de sentir coisas negativas em determinados momentos de nossas vidas. Depois de um dia difícil no trabalho ou diante da dificuldade financeira, na própria TPM, pode ser que você pense: “Às vezes, eu desejo não ter tido filhos”, mas com certeza esse sentimento não dura mais do que o momento da fala, ou seja, um segundo. É importante compreender que é algo “do momento” e não expressa seu real sentimento. O problema está no fato de que a criança pode compreender que o relacionamento entre vocês é frágil e pode se quebrar a qualquer instante. Se ela começa a pensar que não tem nada a perder, incluindo seu carinho, irá refletir um comportamento cada vez mais inadequado. Nos momentos de tensão, tente respirar fundo e se ausentar da situação conflitante para que as palavras ditas não sejam perigosas nas relações.

“Eu não tenho tempo agora”

Talvez essa seja a frase mais falada nos últimos tempos. Cada dia mais os pais têm se envolvido com seus trabalhos e, nos momentos de lazer, preocupam-se mais com seu próprio descanso. Quando dizemos: “Eu não tenho tempo”, o que estamos realmente dizendo é: “O que eu estou fazendo é mais importante do que o que você precisa” ou “Não há outra coisa que eu preferia estar fazendo”. Na verdade, isso não é real, pois o mais importante é passar o tempo com os filhos e familiares.

“Você é só uma criança e não entende nada”

As crianças devem ser preservadas de alguns diálogos que só cabem aos pais ou adultos. No entanto, isso não significa que elas não saibam de nada. Muitas vezes os pequenos não sabem o que fazer com aquilo que compreendem porque não depende deles! É mais precioso buscar entender o que elas estão interpretando sobre o que estão vivendo.

“Não chore”

Quando os pais dizem aos seus filhos para não chorarem, eles estão invalidando seus sentimentos. Isso pode fazer a criança guardar seus sentimentos, o que, em última instância, pode levar a uma explosão de emoções. Todo mundo precisa chorar às vezes. A gente não precisa ser forte o tempo todo. Permitir que o choro aconteça ajudará a criança a compreender seus sentimentos em relação à situação que estará vivenciando, como um conflito na escola, por exemplo. Diga: “Você realmente está desapontado com sua amiga, né? O que aconteceu?”. Falar de forma que a criança exponha o que sente pode ajudá-la a equilibrar suas emoções, o que é uma habilidade crucial durante toda a vida.

“Eu prometo”

As crianças acreditam em tudo que os adultos falam, principalmente os pais. Mas os pais, na maioria das vezes, esquecem que coisas inesperadas acontecem e que nem sempre irão conseguir cumprir com o combinado, por exemplo, de irem ao cinema juntos. É melhor trabalhar com a ideia de que farão o possível para que o passeio aconteça, pois, quando os pais prometem algo e não cumprem, ensinam aos filhos que palavras podem ser quebradas e o princípio da honestidade vai por água abaixo.

“Você é igualzinho ao seu pai”

Mesmo que soe bastante inofensivo, esse tipo de frase é extremamente negativo para a criança. Quando o pai é frequentemente criticado em casa e essa frase é usada para descrever ou caracterizar a criança, ela pode ficar confusa sobre suas qualidades e as qualidades do pai. Os adultos precisam separar suas histórias das de seus filhos. Quando acharem que a criança está apresentando um comportamento que julguem inapropriado ou que os façam lembrar daquilo de que não gostam em seus companheiros, devem tentar fazer reforço positivo sobre o comportamento. Por exemplo: “Gosto quando você coloca sua mochila em seu quarto”, em vez de: “Puxa, você sempre deixa a mochila fora do lugar, parece seu pai”.

Por Disney Babble.

Equipe Leiturinha

Conteúdo produzido pelo time de especialistas da Leiturinha, composto por jornalistas, psicólogas, pedagogas, editores de literatura infantil.

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