Infância, educação, tecnologia e Internet. Entre números e recomendações, uma coisa é fato: as crianças estão conectadas cada vez mais cedo. Segundo a TIC Kids, pesquisa feita pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil, hoje 79% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos estão na internet. Diante desse dado, o universo de possibilidades que se abre para os pequenos e jovens chega acompanhado de uma preocupação fundamental: a segurança na Internet. Como é possível garantir que nossos filhos estejam seguros na Internet, em meio à publicidade infantil, conteúdos inapropriados e contato com estranhos? A realidade é que, se nossos pequenos estão conectados, cabe a nós, adultos, zelar para que esse acesso seja 100% saudável, seguro e benéfico.
O que é desenho e o que é propaganda?
Vários países pelo mundo, incluindo na América Latina, restringem a publicidade infantil, por considerá-la abusiva por, entre outros fatores, afetar o desenvolvimento das crianças e até mesmo acarretar problemas de saúde. No entanto, na prática, propagandas direcionadas às crianças ainda são comuns em diversos lugares. Um estudo, realizado pela Comissão Europeia, que analisou 25 dos games mais populares, demonstrou que todos os advergames (como são chamados os bancados por publicidade), todos os jogos de redes sociais e metade dos jogos de aplicativos possuem anúncios. Outros sites, como o Youtube, também não ficam atrás. Ainda quando disfarçadas, as propagandas estão presentes em uma quantidade significativa de conteúdos infantis. Em um estudo que analisou 12,8 mil vídeos do YouTube, de 41 canais infantis populares no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido, pesquisadores constataram que a maioria deles tem algum tipo de conteúdo publicitário disfarçado.
Qual é o maior desafio? As crianças de pouca idade têm pouco ou nenhum discernimento para diferenciar publicidade dos demais conteúdos. Portanto, quando são expostas a propagandas, enquanto assistem seus desenhos favoritos ou jogam um jogo, são absorvidas, sem perceber, por aquele anúncio, se tornando alvos mais vulneráveis.
Pequenos conectados, atenção redobrada!
Outro assunto que já foi discutido na mídia , são os vídeos falsos que já chegaram a fazer parte da lista de conteúdos relacionados dos desenhos que as crianças assistem, disponíveis no YouTube. Imitando desenhos famosos, como Peppa Pig e Frozen, eles possuem conteúdos inapropriados para crianças, onde os personagens infantis fumam cigarros, são torturados com instrumentos de dentista e transformam pessoas em zumbis com injeções. Sobre os casos, o YouTube orientou que os pais utilizem o YouTube Kids – lançado pelo Google com o objetivo de filtrar os conteúdos infantis – e acionem o “modo restrito”, que bloqueia conteúdos denunciados. Ainda assim, alertam que “nenhum filtro é 100% preciso”.
Em relação aos riscos e a insegurança online entre crianças e adolescentes, a TIC Kids apontou que 7% das crianças entre 11 e 12 anos já tiveram acesso à pornografia, 12% adicionaram alguém que nunca tinham visto pessoalmente e 14% foram tratadas de forma ofensiva.
Garantindo um ambiente seguro para os pequenos
O digital já faz parte da vida dos pequenos da geração alpha. Portanto, como nós, adultos, podemos mediar e cuidar para que esse acesso seja seguro? Sem deixar de se preocupar com o tempo em que os pequenos ficam conectados, os pais precisam estar atentos aos conteúdos acessados. Nesse contexto, a mediação e participação dos pais é fundamental. Acompanhar de perto o que a criança está consumindo e brincar/ver/jogar junto, sempre que possível, são formas de potencializar os benefícios que o contato com a tecnologia proporciona aos pequenos, além de proteger as crianças.
Afinal, o digital tem muito a agregar na vida, no desenvolvimento e na educação das nossas crianças. Plataformas educativas desenvolvidas especialmente para os pequenos, como a PlayKids, são bons aliados neste momento, ajudando a estimular desde a linguagem e coordenação motora dos pequenos, até às interações sociais e o entretenimento. Portanto, vale ressaltar que, com a supervisão dos adultos e em plataformas que garantam aprendizado e diversão aliados à segurança, o mundo digital só tem a beneficiar crianças e adolescentes.
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