Em todo o mundo, estima-se que existam mais de 100 milhões de refugiados. Tratam-se de pessoas forçadas a deixar suas casas devido às guerras e conflitos armados, perseguições e abusos de direitos humanos, conforme explica a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Além disso, infelizmente, 40% de todas as pessoas refugiadas são pequenos e pequenas, que precisam lidar com perdas e traumas inimagináveis, até mesmo para muitos adultos. Por isso, vamos conversar sobre como acolher as crianças refugiadas? ✨ Acompanhe!
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O que é uma pessoa refugiada?
Por vezes, algumas pessoas escolhem viver em outro país. Seja para estudar ou trabalhar, por exemplo. No entanto, existem também aquelas pessoas que estão fora de seus países de origem por conta de perseguições políticas ou religiosas, conflitos armados ou violações dos direitos humanos. Estamos falando, neste caso, de pessoas refugiadas. Isto é, pessoas que fogem de seus países para buscar proteção e segurança.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o número de pessoas refugiadas tem subido ano após ano, atingindo novos recordes. 🚨 Apenas nos últimos meses, a invasão da Ucrânia pela Rússia e outras emergências humanitárias, como em Uganda, Chade e Sudão, além da crise climática, têm intensificado os deslocamentos de milhões de pessoas pelo mundo, criando uma tendência dramática.
Além disso, enquanto os conflitos seguem acontecendo, as crianças tornam-se suas principais vítimas. Impedidos de viver sua infância em paz, de forma plena e feliz, muitos pequenos e pequenas são forçados a deixar suas casas, suas escolas, seus amigos e até suas famílias. Infelizmente, a convivência com o medo constante, as perdas, os traumas e tantas violações deixam marcas profundas nas crianças refugiadas, cujo acolhimento deve ser prioritário.
Quais são os desafios enfrentados pelas crianças refugiadas?
É muito difícil enumerar todos os desafios enfrentados pelas crianças refugiadas, já que as suas histórias são diversas e também muito particulares. Porém, de forma geral, os pequenos e pequenas que são obrigados a deixar seus países de origem enfrentam pesadelos e traumas psicológicos, que podem ser bastante duradouros.
Isso acontece porque muitas crianças refugiadas vivenciam situações de estresse pós-traumático, por vezes longe de seus familiares e entes queridos. Por conta disso, organizações focadas em educação e cuidados psicológicos para pequenos e pequenas que vivem em zonas de conflito também tem surgido. É o caso da War Child, por exemplo, que já possui sede no Reino Unido, Países Baixos, Canadá, Suíça, Estados Unidos e Austrália.
Além disso, outra questão bastante importante para os pequenos e pequenas refugiadas é a educação: em todo o mundo, 77% das crianças refugiadas estão matriculadas no ensino primário (Fundamental I) e apenas 34% estão no ensino secundário (Fundamental II e Médio). Neste caso, as principais barreiras para as pessoas refugiadas costumam ser burocráticas, sociais, econômicas, culturais e linguísticas. 💬
Por isso, pensando na educação das crianças refugiadas no Brasil, foi lançado o projeto Educação para Refugiados, uma parceria da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o Ministério da Educação (MEC). Com isso, as famílias refugiadas podem acessar informações sobre o sistema público de ensino no Brasil (em português, inglês, espanhol, francês e árabe), enquanto as escolas encontram vídeos sobre interculturalidade e dicas de práticas pedagógicas que promovem a integração cultural e social, por exemplo.
Como acolher as crianças refugiadas?
Antes de mais nada, é bastante importante reconhecer o papel que as organizações de ajuda humanitária, especialmente voltadas para a proteção de crianças e adolescentes, exercem na vida desses pequenos e pequenas. Nesse sentido, pensando em soluções duradouras, é possível apoiar instituições como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a própria Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), bem como suas organizações parceiras.
Apesar disso, existem muitas outras formas de acolher as crianças refugiadas e, claro, também suas famílias. Para tanto, é fundamental que todos sejam bem-vindos e não sofram qualquer tipo de discriminação, independente de raça, religião, gênero e país de origem. Isso porque as pessoas refugiadas devem ser tratadas com respeito, dignidade e empatia.
Além disso, você pode apoiar a integração do pequeno ou pequena refugiada à comunidade local, apresentando-a para outros pequenos e pequenas da mesma faixa etária, por exemplo. Afinal, incentivar a amizade, a convivência e a socialização é crucial para que as crianças criem novos vínculos e laços afetivos em seu novo país. ❤️
Por fim, outra sugestão é ouvir o que as pessoas refugiadas têm a dizer: conheça suas histórias, converse sobre seu país e sua cultura, aprenda com suas vivências. A conexão entre seres humanos deve transcender as fronteiras e, sobretudo, as diferenças. E isso é muito importante para que todos os refugiados, sejam eles adultos ou crianças, se tornem ainda mais confiantes, vivam novas experiências e, especialmente, criem novas lembranças!
Livros infantis para falar sobre crianças refugiadas
Sua criança sabe o que é uma pessoa refugiada? Ou, então, que nem todo mundo que mora no Brasil nasceu por aqui? Pois saiba que a literatura apresenta oportunidades incríveis para conversar sobre esse assunto com os pequenos e pequenas! 😍 Afinal, ler amplia a imaginação e é, sobretudo, uma forma potente de combater a desinformação, o preconceito e a xenofobia.
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