Como lidar com crianças desobedientes?

jul 1, 2020 | 10+ anos, 4 - 6 anos, 7 - 10 anos, Criança

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Sabemos que as crianças querem tudo aqui e agora e que buscam satisfazer seus desejos a todo o momento. Nós não nascemos sabendo as regras que regem nossa sociedade ou nosso lar. A habilidade social é aprendida e depende do que é considerado como um valor para cada sociedade e família. Portanto, para desobedecer, é necessário que a criança primeiro tenha internalizado tais regras. Isso acontece por volta dos 2 – 3 anos de idade. Mas não há uma idade exata para que a criança comece a demonstrar comportamentos desobedientes. O confronto com os pais e com as regras que eles ditam já começa antes mesmo disso. E é quando melhor se pode prevenir tais atitudes. Então, como lidar com crianças desobedientes?

Ensinando regras e impondo limites com afeto e amor

A prevenção de comportamentos indesejáveis, como birras, desobediência e agressividade, e a construção de habilidades sociais, começam quando a criança ainda é um bebê. Por meio de uma relação de afeto, carinho e cuidado. As regras e limites só serão internalizadas a partir deste vínculo.  

Ambientes em que a criança não recebe afeto, atenção e carinho, ou em que os adultos são muito reativos a todos os comportamentos da criança, são propícios para que ela desenvolva comportamentos indesejados.

Assim como no comportamento de birra, a teimosia está ligada à autoafirmação

Mas isso não significa que os pais não devam mostrar aos filhos os limites. É preciso apresentar a eles as regras que desejam ser cumpridas. Isso dá às crianças o princípio de realidade e contribui para que elas sejam adultos responsáveis e mais adaptados à sociedade.

Contudo, não basta ensinar uma vez e exigir que eles cumpram tais regras. É necessário que os próprios pais deem o exemplo daquilo que desejam dos filhos. Que falem a mesma língua, para não confundir o pequeno.

Como lidar com crianças desobedientes?

Quando a criança já compreende as regras, os seus direitos e deveres, e, mesmo assim, sempre escolhe confrontá-los, seja em casa ou na escola, é importante que os pais conversem com os filhos de forma calma. Colocando-se na mesma altura, e, principalmente, ouvindo-os. Muitas vezes, um comportamento de desobediência está associado a causas secundárias. Como o desejo por atenção, sentimentos e emoções com os quais a criança não está conseguindo lidar, como medo, raiva, tristeza; entre outras causas. Nesses casos, uma boa conversa pode apontar caminhos para vocês resolverem a causa real destes comportamentos, e, caso esta conversa não seja suficiente, a ajuda de um psicólogo pode ser muito útil.

Em cada fase a desobediência deve ser tratada de uma forma diferente

Mas, quando os pequenos já conseguem dialogar e negociar com os pais o que é permitido e o que não é, uma boa dica é criar combinados, deixando até mesmo registradas as regras que devem ser seguidas. A criança pode desenhar esses combinados e pendurá-los em seu quarto, onde sempre possa ver e se lembrar deles.

Nem excesso de braveza, nem muita brandura. Criticar os filhos o tempo todo atrapalha e faz com que eles deixem de dar atenção ao que é dito, deixando de levar a sério regras e assuntos importantes. Assim, chamar a atenção torna-se algo banal e deixa de cumprir sua função coercitiva. Além disso, querer educar com gritos e palmadas cria um ciclo de violência entre pais e filhos, pois passa a mensagem de que isso é uma solução. Por outro lado, ser negligente e não tomar nenhuma atitude frente a um mau comportamento é igualmente ruim para os filhos e passa a mensagem de que não há lei e de que os pais não se importam com eles.

Portanto, é importante ir pelo caminho do meio: esperar ficar calmo para conversar, mas nunca negar esta conversa. Assim, é possível educar os pequenos para se tornarem adultos mais conscientes de seus direitos e deveres, éticos e, consequentemente, mais felizes.

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Sarah Helena

Mãe de Cecília e de Olívia, psicóloga, escritora, especialista em filosofia e mestre em educação profissional e tecnológica. Sempre trabalhou com famílias, especialmente com os pequenos. Por esse amor ao universo afetivo infantil, hoje, na Leiturinha, integra o time de Curadoria e colabora fortalecendo o vínculo das famílias leitoras através da experiência da literatura.

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