Benefícios da literatura na primeira infância

Benefícios da literatura na primeira infância

Diversas pesquisas mostram que a presença da literatura na primeira infância tem impactos positivos que vão além do desenvolvimento linguístico. Ao serem apresentados à literatura, ao livro e à leitura desde cedo, bebês e crianças pequenas vivenciam uma série de benefícios. Vamos falar sobre eles?

Os benefícios da literatura na primeira infância

Você conhece todos os benefícios que a literatura na primeira infância traz para o desenvolvimento das crianças? Se ainda não, agora é hora de conhecer!

👉🏼 Estabelecimento de vínculos afetivos: O momento da leitura compartilhada é também um momento de intimidade entre o bebê/a criança pequena e a pessoa adulta de referência. Esse vínculo afetivo construído durante a leitura fortalece a sensação de segurança do bebê e da criança pequena, propondo um ambiente acolhedor para o seu desenvolvimento emocional.

👉🏼 Estímulo à imaginação: os livros infantis permitem a bebês e crianças pequenas imaginarem situações, criar mundos e interpretar o mundo ao seu redor. O contato precoce com histórias estimula o fabular, fundamental para o desenvolvimento do raciocínio e da criatividade.

👉🏼 Introdução ao universo literário: quando um bebê ou uma criança pequena é exposta a livros desde cedo, ela começa a criar uma relação com o objeto livro e com a leitura que pode perdurar ao longo de sua vida. O prazer em ouvir histórias e folhear livros, mesmo sem saber decodificar as palavras, abre caminho para que a leitura se torne uma prática natural e prazerosa na vida adulta.

👉🏼Desenvolvimento cognitivo: ao ouvir histórias, os bebês e as crianças pequenas começam a reconhecer padrões de fala, sons e entonações. Mesmo sem entender completamente o significado das palavras, eles internalizam o ritmo da linguagem e aprendem a interpretar imagens e sons, facilitando o desenvolvimento da comunicação futura.

⭐ Leia também: 9 dicas de como ler histórias para bebês

Ler com o bebê faz bem para o bebê e para quem lê!

Manter a literatura na primeira infância na rotina não é apenas um gesto de cuidado e educação para a criança pequena e o bebê; é também uma experiência profundamente gratificante e transformadora para quem lê. Embora seja amplamente reconhecido que a leitura com bebês e crianças estimula seu desenvolvimento emocional, social e cognitivo, muitas vezes se esquece disso. Esse momento de interação também traz uma série de benefícios para a pessoa mediadora, seja a mãe, pai, avós, cuidadores ou qualquer pessoa próxima à criança.

Fortalecimento dos vínculos afetivos 🫂
Um dos maiores benefícios de ler com um bebê é o fortalecimento do vínculo emocional entre quem lê e quem ouve. O ato de ler cria um momento de proximidade física e afetiva, onde a voz da pessoa leitora se torna um canal de comunicação e aconchego. O contato visual, o toque e a resposta do bebê ao som da voz criam uma conexão única, gerando sentimentos de segurança e amor tanto para a criança quanto para a pessoa adulta. Esse ambiente de carinho e atenção favorece o bem-estar emocional de ambos, promovendo uma sensação de presença plena e partilha.
Para quem lê, especialmente mães, pais e pessoas adultas de referência, com o bebê ou a criança pequena, este é um dos momentos que constrói memórias afetivas valiosas. A repetição de histórias, a reação do bebê e da criança pequena a uma página favorita ou a simples alegria de estar junto cria memórias que permanecem por toda a vida. Essas oportunidades se tornam não apenas um ritual de cuidado, mas também pontos de lembranças reconfortantes, tanto para a criança quanto para a pessoa adulta de referência.

Redução do estresse e conexão com o presente 🧠
Para quem lê, a leitura com o bebê pode funcionar como uma pausa na correria do dia a dia. Durante esses momentos, a atenção se volta completamente para a criança e para o livro, criando um espaço de calmaria e conexão com o presente. Estudos indicam que interações afetivas como essas podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar o humor, já que o ato de dedicar tempo e cuidado a alguém pode liberar ocitocina, o “hormônio do bem-estar”, no cérebro da pessoa adulta.

Redescoberta da alegria através da leitura 📖
Ler para um bebê também permite que a pessoa adulta redescubra o prazer de se conectar com histórias de maneira simples e lúdica. A literatura infantil, com suas narrativas e ilustrações poéticas e lúdicas, oferece uma forma de escapar da complexidade da vida adulta e mergulhar em um mundo de fabulação com humor e imaginação. Muitas pessoas adultas encontram nas histórias infantis um senso de nostalgia e de beleza que pode ser esquecido na correria do dia a dia, trazendo de volta a própria relação que tinham com os livros e ou brincar com a imaginação na infância.

Desenvolvimento de competências de comunicação 💬
Para quem lê em voz alta, especialmente para um bebê, há também o desenvolvimento de habilidades de comunicação. Mudanças em tom de voz, ritmo, entonação e expressividade são essenciais para manter a atenção do bebê e transformar a história em um instante vivo. Essa prática pode melhorar a autoconfiança da pessoa leitora em sua capacidade de se expressar, tornando-se um exercício valioso de empatia e adaptação — afinal, o leitor está constantemente ajustando sua voz e narrativa com base nas reações do bebê e da criança pequena.

A prática literária como ato comunitário 📚

A presença da literatura na primeira infância não precisa ser uma prática restrita ao ambiente familiar. Ao promover instantes de leitura em grupos de amigas e amigos, com outras famílias e seus bebês, cria-se um espaço potente de trocas e afetos, onde o livro atua como um elo central nessas interações. Esses encontros coletivos oferecem oportunidades para os bebês e as crianças pequenas interagirem não apenas no mundo literário, mas que também construam vínculos com outras pessoas, ampliando seu repertório de vivências, habilidades sociais e relações afetivas.

Leia também: Incentivar a leitura na infância através do afeto

Ler em comunidade é tão valioso quanto ler em família, ao proporcionar situações de socialização alegres e positivas. Formar grupos de leitura entre famílias com bebês e crianças pequenas é um ótimo pretexto não só para a leitura, mas também para a troca de experiências. Para os bebês e crianças pequenas, que estão nos primeiros estágios de desenvolvimento de sua identidade e socialização, essas ocasiões em comunidade contribuem para estabelecer laços afetivos, sociais e culturais que vão além do ambiente familiar.

A leitura em grupo insere o bebê e a criança em um contexto de partilha, permitindo o intercâmbio de ideias e conhecimentos entre adultos e crianças, e consolidando a noção de que a literatura é uma prática do cotidiano. Essas ocasiões também ampliam o sentimento de pertencimento e solidariedade, estimulando a convivência entre famílias que vivenciam o mesmo momento com seus bebês ou crianças pequenas. A literatura, assim, se torna um fio condutor de conexões humanas, promovendo uma cultura de leitura e afeto que transcende o espaço privado e se estende ao coletivo.

A leitura com o bebê e a criança pequena vai além de uma simples atividade educativa; é uma prática repleta de afeto, conexão e desenvolvimento mútuo. Ao proporcionar esses espaços de interação, tanto o bebê e a criança pequena quanto a pessoa que lê se beneficiam profundamente.

⭐Leia também: Quando começar a ler para o bebê?

A literatura na primeira infância é uma porta de entrada para os bebês e as crianças pequenas em um universo simbólico, alimentando sua imaginação, ampliando suas experiências sensoriais e emocionais, e fortalecendo seus vínculos afetivos com o mundo e com as pessoas ao seu redor. Ler com o bebê não é um ato unidirecional; é uma troca potente de afetos, aprendizagens e benefícios para todas as pessoas envolvidas. Enquanto o bebê ou a criança se desenvolve e cresce emocionalmente e cognitivamente, a pessoa adulta se envolve em uma relação de conexão, presença e prazer que nutre tanto o bem-estar emocional quanto a própria relação com a leitura e com o bebê.

Por isso, ao ler com o bebê e criança pequena, a pessoa mediadora não está apenas auxiliando a criança pequena a se desenvolver, mas também está cuidando de si e fortalecendo o vínculo afetivo que une ambos de maneira única e significativa. 🩷

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