Sabemos que as tirinhas estão entre os gêneros textuais mais queridos do mundo! Seja de ação, comédia, drama, suspense… Elas sempre têm uma mensagem para nos transmitir. E não só para nós, adultos. Apresentar e ler tirinhas para crianças também é muito efetivo, trazendo importantes reflexões e, claro, rendendo boas risadas!
Entre texto escrito e entrelinhas
Os cartunistas e quadrinistas, autores deste tipo de texto, normalmente abusam de recursos como ironia e metáforas visuais para dizer de temas presentes na realidade, sob uma ótica totalmente inusitada. Assim, retiram seus leitores de sua zona de conforto, provocando reflexões, críticas ou ainda promovendo denúncias sociais importantes.
Por tudo isso, elas estão sempre presentes nos livros didáticos, nas provas e concursos, desafiando nossas habilidades de interpretação em poucos quadros e, às vezes, em uma única imagem, como é o caso dos cartoons.
Por que ler cartoons e tirinhas para crianças?
As tirinhas nos convidam, para além do texto escrito, a ler as entrelinhas. O que não está escrito, normalmente é o que mais importa. Elas são ideais para introduzir o leitor em uma temática, seja ela política ou relacionada à vida cotidiana. Elas são pontos de partidas, provocadoras e instigantes, para um novo olhar sob a realidade.
Para se aventurar neste universo literário, nada melhor que ler os melhores. Os cartunistas já consagrados pela crítica, os quadrinistas já consolidados, nos oferecem uma riqueza textual imensa, são leituras para se fazer ao longo da vida, porque sempre que lidas, nos trazem algo novo. Assim é Jean-Jacques Sempé.
Nem só de cartoon vive um cartunista!
Marcelino Pedregulho
Editora: Editora Sesi-SP
Autor: Jean-Jacques Sempé
Jean-Jacques Sempé, cartunista francês, é um deles. Com suas tirinhas icônicas sobre temas relacionados à vida comum, nos apresenta em pouco ou nenhum texto escrito, uma imensidão de possibilidades.
Pela perspectiva de um cartunista, Marcelino Pedregulho, enviado aos nossos Leitores Fluentes, retrata a vida de um garotinho que sempre ruborizava, especialmente quando não tinha motivos. Em meio a páginas brancas, repletas de silêncios, o autor apresenta com singeleza o encontro com o diferente, o desejo de ser aceito e de ser como se é.
Do alto de seus 37 anos, quando criou este personagem, Sempé nos fez olhar para a infância a partir de um viés mais próximo, mais humano, com tudo o que isso implica – nossas dores e belezas, angústias, alegrias e fraquezas. Ao criar Marcelino, Sempé nos convida a aceitar o pequeno personagem e toda sua vermelhidão, e todo seu desejo de brincar e rir, como qualquer criança.
Hoje, o autor mora na França, sua terra natal, mas a forma poética como ele vê a vida cotidiana já se espalhou mundo afora, por meio de seu trabalho, do qual somos fãs!
E você? Tem um quadrinista ou cartunista favorito? Conte aqui para a gente!
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