Reflita por um momento. Você já ouviu alguém falar que certa pessoa tem o “cabelo ruim”? Ou que alguém é a “ovelha negra da família”? Pois é. Infelizmente, essas e outras expressões racistas estão, muitas vezes, incorporadas ao vocabulário do povo brasileiro.
Entretanto, é nosso dever não continuar a usá-las e, principalmente, não ensiná-las para os pequenos e pequenas. Então, vamos mudar essa situação? Conheça agora mesmo 7 expressões racistas para não ensinar para sua criança! 😉
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Racismo e linguagem: o que uma coisa tem a ver com a outra?
Você pode estar se perguntando: mas o que o uso destas palavras e frases tem a ver com o racismo? Na verdade, um dos indícios mais visíveis de que ainda pertencemos a uma sociedade imersa em preconceito e discriminação é justamente o uso das expressões racistas. Afinal, elas fazem parte da nossa comunicação diária.
As palavras são ferramentas para a expressão de ideias e conceitos, podendo ter um impacto profundo em quem as fala e escuta. Por isso, é preciso muito cuidado com as palavras e expressões que escolhemos para nossa comunicação. 💬 Desta forma, poderemos promover igualdade, equilíbrio, justiça e inclusão, por exemplo.
Por isso, é importante e necessário banir as expressões racistas do nosso vocabulário. Independentemente do contexto, da ocasião e do ambiente: toda pessoa merece respeito.
Além disso, é papel dos adultos formar pequenos e pequenas cidadãs que sejam promotores da equidade e inclusão social. Portanto, ensinar as crianças e adolescentes a não utilizar expressões racistas também é fundamental.
7 expressões racistas para não ensinar para sua criança
Infelizmente, a sociedade brasileira ainda utiliza muitas expressões racistas em seus discursos informais e do cotidiano, por exemplo. Mas, você sabe quais são elas? Venha conosco e confira 7 expressões racistas, que devem ser retiradas do vocabulário da família e não devem ser ensinadas para os pequenos e pequenas. Acompanhe e descubra o porquê! 🗣️
1. Cor de pele
Uma das expressões racistas ensinadas para as crianças, especialmente no contexto escolar, é a “cor de pele”, que se refere ao lápis de cor bege ou rosado. No entanto, será que existe mesmo apenas uma única cor de pele?
Essa expressão não deve ser utilizada, já que fomenta e incentiva a discriminação racial. Ao contrário, ensine ao seu filho ou filha sobre o nome correto das cores! Além disso, reforce que cada pessoa possui uma tonalidade de pele, diferente das outras. E, claro, isso contribui para sermos uma sociedade diversa e culturalmente rica!
2. Cabelo ruim
O termo “cabelo ruim” não deve ser utilizado para se referir a pessoas com cabelo crespo, cacheado ou ondulado. Afinal, não existe “cabelo bom” ou “cabelo ruim”, existe o cabelo de cada pessoa!
3. Ovelha negra
Uma expressão, muitas vezes utilizado diante das crianças, é “ovelha negra”. Esse termo seria utilizada para dizer que determinada pessoa é ruim, que destoa das demais, especialmente dos outros membros da família.
Neste sentido, a ovelha considerada normal (ou boa) seria aquela que possui a lã na cor branca. Portanto, indica que aquelas que não possuem a pelagem deste tom estariam erradas, devendo ser desprezadas. Então, ao dizer que determinada pessoa é a “ovelha negra da família”, significaria que ela merece desprezo ou ser ignorada. Portanto, é uma expressão racista e que não deve ser utilizada de nenhuma maneira!
4. Denegrir
Expressão muito comum no dia a dia, o termo “denegrir” significa tornar algo negro, dando conotação negativa a isso. Já os sinônimos “difamar”, “caluniar” e “injuriar”, por exemplo, servem para o mesmo termo, e não são racistas. Então, recomendamos utilizá-los!
5. Inveja branca
A pessoa que acrescenta a palavra “branca”, no intuito de atenuar o indesejado sentimento de inveja, também comete racismo. Afinal, apontaria que um comportamento negativo, como a inveja, poderia ser suavizado desde que acompanhado da palavra “branca”.
6. Dia de branco
A expressão “dia de branco” está associada aos dias úteis da semana. Dessa forma, é discriminatória, ao dar o sentido de que o trabalho é um privilégio de pessoas brancas. Além disso, reforça a ideia preconceituosa e racista de que pessoas negras não trabalhariam, por preguiça ou até incompetência, por exemplo.
7. Doméstica
No Brasil Colonial, as pessoas escravizadas eram comparadas aos animais e dizia-se que elas precisariam ser domesticadas. Assim acredita-se que surgiu o termo “doméstica”, que reforçaria essa grave situação da história do nosso país, que perdurou por séculos. Por isso, sugerimos substituir o termo por “faxineira” ou “diarista”, por exemplo.
Como falar de racismo com as crianças?
Ao longo da infância, as crianças estão em constante processo de desenvolvimento social e cultural. Nesse caminhar, pais, mães e demais responsáveis devem se preocupar com as influências que seus filhos e filhas recebem, garantindo que elas sejam inclusivas e que respeitem os direitos humanos de todas as pessoas. ❤️
Pensando nisso, também é necessário falar de racismo com as crianças. Para isso, existem grandes autores, de prestígio nacional e internacional, que abordam o tema em suas obras. Assim, os momentos de leitura em família podem também ser utilizados para ensinar aos pequenos e pequenas sobre discriminação, preconceito e respeito.
Então, que tal algumas sugestões da Leiturinha para sua família? 😊 Confira abaixo nossas dicas da Loja Leiturinha para falar de racismo com as crianças!
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O livro infantil Olha Aqui o Haiti! / Le Voilà Le Haiti é uma obra bilíngue (português-francês), que retrata a saga de uma família de imigrantes haitianos até chegar a São Paulo. Na história, o pequeno Jacques não vê a hora de encontrar Léon, seu primo também haitiano, que já está no Brasil há seis anos.
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Menina Pretinha, Menino Pretinho
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