Higiene natural do bebê: dá para diminuir o uso das fraldas?

ago 20, 2019 | 0 - 3 anos, Bebê

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Sejam de pano ou descartáveis, as fraldas são um requisito importantíssimo para quem tem ou terá em breve um bebê. Mas você já parou para pensar para onde vai toda aquela fralda? Seja no tanque ou no lixo, o impacto desse volume no meio ambiente é indiscutível. Mas como deixar seu pequeno sem fraldas? É aí que entra a higiene natural do bebê, técnica que consiste em pais ou cuidadores estarem atentos aos sinais que o bebê dá quando quer fazer xixi ou cocô. Você já ouviu falar nesse termo?

Entenda a higiene natural do bebê

Elimination Communication, ou comunicação de eliminação em tradução, não é uma prática nova ou revolucionária – visto que as fraldas nem sempre existiram -, mas ganhou força no Brasil nesta última década. Comum em países da África e da Ásia, esta técnica consiste em os pais ou cuidadores estarem atentos aos sinais que o bebê dá quando quer fazer xixi ou cocô. Esses sinais variam, porém os mais comuns são: rosto vermelho por fazer força, um choro específico, movimentar rapidamente as pernas próximas à barriga, enrijecimento do corpo e olhar fixo em um ponto. Neste caso, a conexão entre pais e bebê é imprescindível, visto que é preciso saber interpretar os sinais não-verbais de seu filho. Por exemplo, o choro de cólica é diferente do choro de fome.

Deste modo, quando os pais perceberem que o pequeno está pronto para fazer suas necessidades, é só levá-lo ao penico ou vaso sanitário com redutor de assento (dependendo do tamanho do bebê). Assim, depois de algum tempo, o pequeno começa a assimilar as situações e ter um controle maior do seu corpo. É importante ressaltar que essa prática não elimina totalmente o uso da fralda, já que os bebês não controlam o esfíncter externo, mas reduz consideravelmente. Ou seja, quando tiver a oportunidade de deixar o pequeno sem fralda, deixe-o, quando não, use a fralda.

O interessante dessa técnica é que você pode começar a qualquer momento. Existem famílias que optam por ela na hora do desfralde. Isso porque nesta fase o pequeno já tem controle do esfíncter, o que pode facilitar as coisas.

Benefícios da higiene natural do bebê

As famílias que optaram pela higiene natural do bebê relatam que, ao se acostumar, o pequeno passa a fazer xixi no penico e cocô geralmente em horários específicos. Com isso, usa-se menos fraldas e consequentemente o bebê tem menos assaduras. Então, os gastos com fraldas, lenços umedecidos e pomadas para assaduras são reduzidos. Além disso, quanto menos fraldas, menos impacto no meio ambiente.

Os adeptos à higiene natural, relatam que o bebê passa a ter maior consciência sobre o seu corpo, ou seja, já começa a entender como ele funciona. Dizem que, em média, com nove meses de prática o bebê já não faz xixi ou cocô durante a noite. E, em dois meses, já não tem mais escape de xixi durante o dia. Além disso, o pequeno se sente mais confortável sem as fraldas o tempo todo e há, também, a diminuição das famosas e terríveis cólicas, segundo relatos.

E por último, mas não menos importante, o fortalecimento da relação entre pais e filhos. Porque é necessário conhecer bem seu pequeno, para conseguir entender os sinais que ele dá. Além de, claro, estar boa parte do tempo atento aos comportamentos do bebê.

Em contrapartida…

Até hoje, não há relatos de estudos a longo prazo dos possíveis riscos desta técnica para os pequenos. Porém, alguns especialistas defendem que as fases do desenvolvimento precisam ser respeitadas e que, desta forma, o bebê acaba condicionado. Eles explicam que nesta fase da vida os bebês não estão preparados física e emocionalmente para controlarem suas necessidades. Ou seja, é como se os pais estivessem “treinando” os pequenos para controlarem algo que eles ainda não estão prontos para fazer. Portanto, para alguns, esta técnica atravessa a evolução do próprio corpo, o que pode ser algo negativo.

É sempre importante lembrar que informação nunca é demais. Então, antes de começar a higiene natural do bebê na sua casa, procure entender melhor sobre o método. Ele tem normas, regras, práticas e limites que devem ser respeitados. Além disso, converse com o pediatra do seu pequeno para que ele possa acompanhar a adaptação da criança.

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Paula Piffer

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