Conversando com uma mãe outro dia, ela me fez a seguinte pergunta: como saber que estamos no caminho certo na educação dos filhos? A resposta que dei a ela foi que, em minha opinião, essa é uma pergunta que estará sempre rondando a maternidade. Estamos criando e educando seres humanos e não máquinas. É inevitável que, vez ou outra, cometeremos erros. Principalmente em mães de primeira viagem. É comum sentirmos medo de errar e, muitas vezes, esse medo nos paralisa e nos afasta do nosso coração. É a tal insegurança materna…
Mas como lidar com a insegurança materna?
Para mim, o segredo para lidarmos com a insegurança materna é utilizarmos um mantra: “será?”. Toda vez que alguém nos disser algo sobre como educar nosso filho devemos nos perguntar: será? Mesmo que essa pessoa seja uma autoridade no assunto, um médico renomado, minha mãe ou melhor amiga. Precisamos ouvir mais nosso coração e deixar ele nos guiar.
Quantas vezes escutamos opiniões sobre a forma de educar que nos deixam desconfortáveis e ainda assim saímos fazendo? Se, ao invés de contestar tudo ou aceitar tudo que ouvimos, nos permitimos abrir espaço para a dúvida, estaremos no caminho certo para uma maternidade mais leve e livre de julgamentos.
Mas como fazer isso?
Quando meu filho tinha dois anos muitas pessoas me perguntavam se ele não era hiperativo, se não tinha TDAH, pelo simples fato dele ser uma criança bastante ativa. Esses questionamentos me deixaram bastante insegura no início. Foi quando eu decidi que essa pequena palavra “será?” passaria a fazer parte do meu repertório materno.
Será que ele é hiperativo? Comecei a buscar informações sobre o assunto, compreender o que significava esse termo, conversar com especialistas, mas também buscar minhas próprias informações. Sobretudo, decidi ouvir meu coração. Hoje, quando me perguntam se Rafael é hiperativo, sempre respondo que ele é criança e por ser criança, age como uma. Porque me permiti ouvir meu coração, prestar atenção no meu filho e abandonar o julgamento do outro. É fácil? Nem sempre! No entanto, trouxe muita leveza para o meu maternar.
Ser mãe é saber olhar pra dentro de nós mesmas e ouvir aquela voz que nos diz que tem algo errado ou que está tudo bem.
A insegurança materna se manifesta e toma proporções gigantescas quando nos afastamos da voz do coração. É preciso procurar ajuda? Claro que sim! Mas precisamos aprender a questionar e não apenas aceitar tudo o que nos dizem. Por isso, na próxima vez que você estiver com medo de errar com seu filho, lembre-se de ouvi-lo e sobretudo, de ouvir seu coração.
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