Lobo mau parece ter aprontado todas ao longo da sua carreira para ter ganhado tamanha antipatia. A proposta da vez é ensinar às crianças uma lição brilhante sobre preconceitos e estereótipos.
Clássicos da literatura
O tempo passa, as formas de ler e o gosto literário das crianças e dos adultos se renovam. Pensando nisso, preparamos uma seleção especial que transita entre clássicos da literatura e suas releituras. Esta seleção gira em torno da desconstrução dos estigmas que criamos sobre o mundo, as pessoas, os animais e as coisas, por meio de uma linguagem atual e acessível ao olhar infantil. Você vai conhecer dois títulos que trazem um personagem muito visitado por leitores assíduos: o lobo mau.
De onde surgiu o lobo mau
Este é um personagem criado há muitos e muitos anos. Ele aparece em histórias como as Fábulas de Esopo. Sua personalidade é bem definida: mal intencionado, safo, melindroso e cruel. Mas, de onde vem essa fama tão ruim? Dizem que o lobo mau nasceu na Europa, um lugar onde lobos eram vistos como seres muito temidos.
Atravessando gerações, ele sempre esteve nas histórias infantis. Seja assoprando e destruindo a casa de três porquinhos indefesos, fazendo mingau de criancinhas ou devorando a vovó…
Se o lobo é tão temido, por que devo contar sua história para meu filho?
Os livros e as histórias são instrumentos fundamentais para o desenvolvimento saudável na infância. Os contos estimulam aspectos afetivos e cognitivos além de estimular fatores como a autonomia e a autoestima. Logo nos primeiros anos de vida, as histórias assumem papel importante, se tornando uma forma de expressão não verbal. Através delas, são transferidos para o mundo imaginário aspectos do concreto, como o medo, os perigos e também a superação e a coragem. É aí que esse personagem entra… afinal, não importa qual a sua origem – o medo é sempre medo. Pode ser de ficar sozinho, do escuro ou até mesmo do… lobo.
As histórias são um ótimo recurso para a abordagem dos medos e temores dos pequenos. É importante criar um espaço para que eles falem sobre suas inseguranças. Por isso preparamos uma seleção de clássicos relidos que acrescentarão muito na leitura compartilhada.
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![]() Livro: Os três porquinhos e o lobo esportista Os três porquinhos e o lobo esportista | Editora ElementarTodo mundo já conhece a história do lobo que assoprou a casa dos três porquinhos tentando destruí-la para devorá-los depois. Pois é, o livro começa mais ou menos assim, no entanto a história promete um desfecho bem diferente… A magia deste livro está justamente em incitar um olhar novo sobre preconceitos antigos! Quem escreveu este livro? Dad Squari e Marcia Dualibe Forte. Squari é libanesa, mas mora em Brasília desde 1968, onde cursou letras. Forte, além de ser escritora, também faz sites e já compôs CD’s de narrativas de lendas amazônicas. |
Certa vez, um aluno perguntou…..AH. …ele não tem amigos…..vive sozinho na mata e tia?
Acho 0 blog muito interessante e quero aproveitar as literaturas para incentivar meu pequeno aprender a gostar de ler.
Estão de parabéns pelo trabalho.
Interessante o trabalho com a leitura.
Parabéns
Assinei a Leitutinha a pouco tempo e também comecei acessar o blog, estou adorando as dicas!! Parabéns pelo bom trabalho!!
Eu sou apenas uma avó e professora tentando entender como as coisas estão funcionando atualmente e qual o verdadeiro objetivo das recontações dos clássicos. Quando dismitificamos a figura do Lobo Mau, (que atualmente passou a ser mau por causa de algum trauma, de preconceito ou por causa de qualquer outra coisa), não estamos expondo as crianças ao perigo? A figura do lobo , nos clássicos, não era utilizada como referência do mal que poderia acontecer à elas, no caso de desobediência, por exemplo? Se eu ensino a uma criança que o Lobo Mau só queria uma xícara de açúcar, deu um espirro que derrubou a casa do Porquinho, e que este acabou devorado”sem querer”, eu não estaria ensinando a uma criança que ela pode servir um copo de água a um possível agressor?
Agradeço as sugestoes de reeleitura dos classicos! Gostaria que houvesse uma troca de ideias acerca dos questionamentos da Sra. Ana Maria. Penso que sao reflexoes mto interessantes!