O preconceito é construído socialmente, a partir das nossas interações com o mundo e com os outros. A cada interação e troca, a criança também vai absorvendo e compreendendo o mundo. Assim, ela vai construindo os seus valores e suas percepções. Nisso, muitas coisas boas aparecem. No entanto, essa construção pode permitir que algumas condutas sociais que permeiam o machismo, o racismo, e as hierarquias passem de geração para geração.
Por isso, se esses comportamentos não forem pensados e ressignificados é possível que eles se prolonguem. Nesse sentido, a cada geração temos a oportunidade de provocar mudanças cada vez mais ágeis em prol de uma sociedade mais respeitosa. Pensando nisso, como podemos combater o preconceito infantil e criar uma criança sem preconceitos?
Como combater o preconceito infantil
1. As crianças notam as diferenças
É esperado que a criança note diferenças, principalmente se é a primeira vez que ela se depara com aquela característica ou comportamento específico. A partir daí, os pais e os educadores podem explicar essas diferenças, sejam elas étnicas, de gênero, deficiências, religiões. Então, podem aproveitar esse momento para expandir as percepções da criança sobre a diversidade que temos no mundo.
Além disso, é possível despertar a curiosidade dessa criança para conhecer novas pessoas, novos lugares e novas crenças. É importante reforçar que cada um é de um jeito, tanto quando falamos de características físicas como de características pessoais e preferências. Afinal, é isso que faz as conversas interessantes, por conta das diferentes opiniões e das diferentes formas de ver o mundo.
2. É importante ser coerente
Ter coerência entre o que você fala para o seu filho e como você age é primordial. As crianças aprendem prioritariamente reproduzindo as nossas atitudes. Então, o primeiro passo para que o pequeno respeite o próximo é você reforçar atitudes respeitosas em casa. É ser um exemplo positivo. Se atente a comentários irônicos e a forma que você fala das outras pessoas na frente dos pequenos. Também, perceba os seus vieses, e se force a mudá-los.
3. Respeito acima de preferências
O diálogo é muito importante. Por vezes, a criança tabula um colega de “chato” ou “diferente”, por exemplo. Aí, você tem uma oportunidade para reforçar que a criança pode escolher seus amigos, de acordo com a afinidade, mas que ela necessariamente deve respeito a todos. Independente da pessoa estar em seu ciclo de amigos ou não. Reforçar que o respeito vem antes de quaisquer preferências, é importantíssimo.
4. Exponha seu filho às diferenças e combata o preconceito infantil
Levar seu filho para lugares frequentados por pessoas diversas, apresentar conteúdos de diferentes países e diferentes idiomas são outras atitudes importantes. Ressaltar como o mundo é grande e como ele possibilita aprendizados infinitos, são boas formas para treinar o olhar a perceber como as diferenças são importantes formas de expressão e de felicidade. Quanto mais seu filho for exposto às diferenças, com mais naturalidade ele irá encará-las.
Então, passeie com o pequeno. Visite exposições, parques e caminhe pela cidade. Não tenha medo de apresentar o mundo para o seu filho e discutir questões importantes. Como, por exemplo, a pobreza, fome, responsabilidade social, economia etc. Claro que sempre adaptando as complexidades para a faixa-etária. Lembre-se que quanto menos resistência tivermos perante os assuntos, mais naturalidade teremos para conversar com os nossos filhos sobre as pluralidades.
Conta para a gente, gostou das nossas dicas? O que você faz para criar uma criança sem preconceitos? E como você combate o preconceito infantil na sua casa?
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