Como ter mais paciência com crianças?
Se você clicou nessa matéria é porque provavelmente já perdeu a paciência com o seu filho, seu aluno ou qualquer outra criança. E tudo bem, perder a paciência é de fato, natural. Afinal, nem todos os dias estamos 100% e nem todos os dias saem como planejado, aliás, acredito que poucos dias saiam exatamente como o planejado. Então não é de estranhar, que após um dia cheio, onde você se pegou correndo de lá para cá e resolvendo um milhão de problemas, você não queira lidar com um ataque de birra por conta do jantar às oito da noite. Como é ok também, não querer estragar um dia lindo, resolvendo a discussão dos seus dois filhos no carro. E tudo bem, não estamos aqui para condenar a perda de paciência, mas para te ajudar a lidar com ela um pouco melhor. Para isso, elencamos algumas dicas para que você repense antes de falar com os pequenos e consiga ter mais paciência com crianças. Confira:
Dica 1: Respire.
Isso mesmo, respire. Sentiu que você chegou a seu limite? Peça um tempo, dê uma volta na sala, se dê uns minutinhos antes de retomar a discussão. A reação, quando estamos fora do sério nunca é a melhor, e isso é científico. Quando ficamos em estados muito alterados, há poucas sinapses entre a amígdala cerebral (lugar que se entende a emoção) e o córtex frontal (lugar onde se processa essa emoção), por isso falamos coisas ou reagimos de forma desproporcional. Ao sentir que você vai agir assim, se dê um tempo.
Dica 2: Reflita sobre o real motivo da impaciência.
Muitas vezes, descarregamos o estresse de um dia todo em um evento, de forma desproporcional. Para que isso não aconteça, é importante refletirmos sobre o real motivo dessa irritação. Por exemplo, se pergunte quando começou essa irritação, se você se sentiu assim ao longo do dia, ou se foi o trânsito, ou se de fato foi o ocorrido com o pequeno. Essa é a forma de lidarmos assertivamente com a raiz do problema.
Dica 3: Lembre-se de dar bons exemplos.
Seu filho aprende muito mais com o que você faz do que com o que você fala. Então não adianta gritar dizendo “Para de gritar!”. Afinal, a mensagem que você está passando é a oposta ao resultado esperado. Assim, lembre-se sempre de ensinar com o exemplo de respeito e controle.
Dica 4: Dialogue.
Tente manter o diálogo, e incentive seu filho a fazer o mesmo. Se você está fora do seu normal, só converse quando estiver restabelecido os ânimos e ensine o mesmo ao seu filho. Ou seja, ele também tem que se acalmar para conseguir conversar. Após isso, dialogue com respeito e com base nos ocorridos. Livre de rótulos como “ele é teimoso”, tente falar a ação da teimosia, exemplo “ele está teimando em comprar esse brinquedo, quando já acordamos que não será possível”. Seu filho não é um comportamento, ele produz um comportamento.
Dica 5: Estabeleça limites claros.
É importante que o pequeno entenda o que pode e o que não pode fazer de forma clara. Reforce positivamente quando seu filho fizer aquilo que lhe foi ensinado, ao mesmo tempo que deixa claro quando ele estiver com uma conduta não condizente. Sempre de forma cordial, mas firme.
Dica 6: Lembre-se que se trata de uma criança.
É comum tratarmos a criança como um adulto de tempos em tempos. No entanto, por mais que a criança tenha “tamanho” de adulto, ela é uma criança. Isso significa que ela está em formação, assimilando muitos dos certos e errados, assim como testando seus limites. Ela ainda não está 100% formada e isso implica em muitos erros, e na necessidade de muito acompanhamento ao longo do caminho.
Dica 7: Crie momentos com o pequeno.
Muitas das birras e más condutas são originadas com o intuito de chamar a atenção e pertencer. (Por mais que, na maioria das vezes, elas aparentem ser o extremo oposto). Portanto, reflita se vocês têm tempo de qualidade juntos, e se não, tente priorizá-los.
Dica 8: Reconheça seus erros
Se você agiu errado ou perdeu a paciência, reconheça. Permita-se errar e peça desculpas ao seu filho. Isso mostra que você também erra, e errar faz parte do processo, assim como demonstra vulnerabilidade, algo maravilhoso. Inclusive, se não assistiu, recomendo fortemente a TED da Brené Brown sobre Vulnerabilidade. Ser vulnerável demonstra que somos humanos e abre espaço para a empatia. Características que queremos incitar nos pequenos. Não existem pessoas que nunca erram, elas apenas não assumem.
E você? Como faz para não perder a paciência com o seu pequeno em dias e situações difíceis? Conte aqui para a gente!
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