Não existe hora certa para o fim do aleitamento materno ou desmame, como também é conhecido este momento.
Muitas são as questões que podem levar a esse momento: a volta ao trabalho, a chegada de outro bebê, o cansaço ou, simplesmente, a vontade da mãe (e às vezes do bebê) de encerrar esse ciclo.
O desmame não irá acontecer de um dia para o outro. É um processo gradual em que mãe e bebê precisam se adaptar e, na maioria das vezes, é delicado, pois significa o fechamento de uma etapa na vida dos dois.
Algumas mulheres se sentem culpadas, inseguras, com medo de que a criança sofra nessa fase e até mesmo sentir o desmame como um afastamento muito grande.
No entanto, é possível encarar tudo de forma otimista, já que no final, mãe e filho podem ganhar: ela mais liberdade e o bebê mais autonomia na hora de comer e experiências com os novos alimentos.
Mas existe um momento certo? E como fazer? Para quem pedir ajuda?
Acompanhe nosso texto até o final e tire suas dúvidas! 😉
Como começar o desmame?
Mais uma vez, aqui não existe resposta certa, nem fórmula mágica para saber como dar início ao desmame. Cada mãe, cada criança e cada relação funcionam de um jeito.
Muitos não acreditam, mas conversar com o bebê ajuda! Pode parecer que eles não entendem, mas, para a mãe, o fato de explicar ao filho a nova situação pode ser tranquilizante e ela certamente irá transmitir essa calma ao bebê. É importante explicar à criança que ela está crescendo e que já pode tomar o leite em uma mamadeira ou copinho.
É interessante que isso aconteça aos poucos, gradativamente. A mãe pode começar diminuindo o número e os intervalos das mamadas ao longo do dia.
Nesse processo, pais, avós e outras pessoas da rede de apoio da família são muito importantes, pois podem ajudar a oferecer a mamadeira e outros alimentos no lugar da mãe quando não for hora da mamada, já que o cheiro do leite pode agitar o bebê e dificultar o processo do desmame.
É natural que o bebê chore e até rejeite a mamadeira no começo. Nesses casos, muitas mães acabam dando um passo para trás antes de continuar a andar para frente. Tudo bem! Ela não precisa (e não deve) se cobrar demais. Tentativas, erros e acertos fazem parte.
Vale lembrar que o bebê não mama só quando está com fome, ele também pede o peito quando está com sono, irritado, com medo, quando precisa de atenção e de acolhimento. Dessa forma, a mãe precisa ficar atenta para encontrar outras formas de acalmar o filho. Dar colo, abraços, carinho ou brincar com ele podem ser algumas formas de satisfazer suas necessidades.
Quando pedir ajuda?
Assim como a amamentação (e a maternidade de maneira geral), o desmame também requer tempo e aprendizado. É uma nova fase na vida da mãe e do bebê e, como em qualquer situação nova, eles precisam se adaptar.
Conversar com o pediatra da criança e com o obstetra da mãe para uma orientação direcionada é fundamental. Além disso, no caso da mãe sentir dificuldades em romper esse vínculo com o filho, por questões emocionais, ela também pode contar com a ajuda de um psicólogo.
Para que esse momento seja o mais fácil possível, é fundamental que a mãe esteja tranquila com sua decisão. Ela deve lembrar que o afeto e o carinho pelo bebê podem ser transmitidos de muitas maneiras, seja através do peito ou da mamadeira.
* OBS: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno exclusivo deve acontecer até os seis meses de vida do bebê, sempre que possível. No entanto, a amamentação pode ser estendida se for vontade da mãe.
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