A importância de escutar as crianças

out 21, 2020 | 0 - 3 anos, 10+ anos, 4 - 6 anos, 7 - 10 anos

GANHE PRESENTE DUPLO! Crescer com Leiturinha é mais divertido! Mas é por tempo limitado! Mochila da Iara + Régua do crescimento grátis no 1º kit! Botão: ASSINAR LEITURINHA

Que as crianças se manifestam o tempo todo, nós já sabemos. Porém, este tema se amplia e os olhares se voltam para a maneira e situações em que os adultos se dedicam a ouvir tais manifestações. E acredite, escutar as crianças vai muito além de emprestar os ouvidos.

Quando falamos em escuta infantil é fundamental considerarmos as diferenças do modo de ser de cada criança. Com suas preferências, particularidades e temperamentos. Falamos então, em múltiplas infâncias, assim, contemplamos a diversidade deste universo chamado infância.

Além da escuta infantil

A escuta infantil, ou melhor, a escuta das múltiplas infâncias, vai muito além do diálogo em que um fala e o outro escuta. Consiste em reconhecer e se conectar com a realidade daquela criança, com suas vivências e experiências. Considerar os contextos familiares, sociais e culturais em que ela está inserida. E ainda, a maneira desta se apresentar e se relacionar com o mundo a sua volta.

Essa escuta sensível e afetuosa, abre espaço e promove o protagonismo da criança. Possibilita que ela tenha voz e cria condições para ela se expressar espontaneamente em seu ambiente.

Vejam bem, não se trata de corrigir ou ceder às vontades da criança e sim, de observar e ouvir suas infinitas maneiras de se expressar. Seja por meio das brincadeiras, desenhos, atividades artísticas, o brincar livre, o brincar em grupo, brincar sozinha, opinar sobre determinado tema. Estar com a criança em qualidade de presença e permitir que ela se perceba e manifeste suas emoções, sentimentos, conflitos e escolhas.

Como fazer?

Escutar as crianças requer: disposição, observação, conexão, distanciamento e, muitas vezes, silêncio. Vale ressaltar que essa escuta é como um “pedir licença”, considerando os limites, o tempo, as possibilidades e as condições da criança falar ou não sobre si. Por isso, é importante estar ao alcance dela, promover um ambiente seguro e confiante, no qual ela possa recorrer caso precise.

Este movimento é um exercício diário e deve partir do respeito às maneiras e conteúdos expressos pela criança. Respeitando assim sua subjetividade que faz desta criança um ator social, o que quer dizer que ela é um sujeito de direitos. Afinal, o pequeno que é escutado, aprende a escutar; o que é respeitado, aprende a respeitar; o que é que é acolhido, aprende a acolher; o que é estimulado a falar sobre si, aprende a narrar a sua própria história.

Gostou da matéria? Conte para nós o que achou e se você sabia da importância desse tema! 

Leia mais:

 

Juliana Di Lorenzo

Mãe da pequena Olívia e psicóloga. Após vivenciar as transformações e vicissitudes da maternidade, escolheu por dedicar seus estudos e práticas à psicologia perinatal e parental. Atua no atendimento clínico e grupos terapêuticos, pois acredita nas possibilidades da fala e escuta compartilhada. *Juliana é especialista em psicologia e foi convidada pelo Blog Leiturinha para compartilhar sua opinião com as nossas famílias leitoras.

    Acompanhe nossas redes sociais