Quais os tipos de introdução alimentar para bebês?

nov 5, 2020 | 0 - 3 anos, Bebê

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Como saber quando quando chegou a hora de começar a introdução alimentar dos nossos bebês? Ou então quais são os tipos de introdução alimentar para bebês que existem e qual é o que serve para o meu pequeno? Essa é uma pergunta muito frequente para entre as recém-mães e pais, e por isso, vamos tirar todas as dúvidas sobre o assunto. 

Como saber qual o tipo de introdução alimentar usar para meu bebê?

Bom, isso depende muito de cada pequeno, de tudo que ele passou no seu desenvolvimento até agora. Por exemplo, um bebê que nasceu prematuro quando completar 6 meses, pode ser que a boquinha dele ainda não esteja preparada. Assim como seu desenvolvimento motor global. Mesmo um pequeno que tenha nascido entre as 38/42 semanas de gestação, se teve poucas oportunidades de explorar o universo ao redor ou não pôde explorar bastante a fase oral e desenvolver as funções motoras, pode ser que ainda não tenha tantas habilidades nessa fase.

Por isso, é muito importante, em primeiro lugar, identificar qual o nível de desenvolvimento do pequeno para que a introdução alimentar seja uma experiência gostosa. Precisa despertar interesse, trazer descobertas e desafios possíveis. Assim, vai refinando a boquinha do bebê naturalmente, no tempo individual de cada um.

Respeite o tempo da criança 

Quando o pequeno tem uma experiência muito ruim no começo da introdução alimentar, ele acaba não querendo evoluir. É aí que começam as dificuldades e a recusa alimentar.

Outro fator que interfere bastante é a colherzinha escolhida para dar os alimentos para o bebê. Ela faz, sim, toda a diferença! Nós temos o costume de encher a colher inteira e, se ela for muito funda, pode ser muita coisa para a criança. Então procurem sempre respeitar o tamanho da boquinha do pequeno, colocar os alimentos aos poucos e deixar que eles tirem o quanto desejarem.

Mas vamos, então, falar sobre os tipos mais comuns de introdução alimentar?

1. BLW

O termo BLW (Baby-led weaning)  significa desmame guiado pelo bebê. Ou seja, a intenção é que o bebê mexa, brinque, sinta texturas e manipule os alimentos até ingeri-los. Assim, aos poucos, ele vai deixando as papinhas de lado. É claro que vários fatores influenciam nessa descoberta e é imprescindível avaliar se o momento que o bebê está vivendo é propício para isso. Ele está passando por problemas emocionais? O ambiente familiar está harmonioso? Ele se sentirá seguro para isso? São questões que devem entrar em jogo antes de optar por essa introdução. 

É importante ter paciência e entender que o pequeno vai brincar muito com a comida no início. Ele vai utilizar os alimentos muito mais para matar a curiosidade do que a fome, mas aos poucos ele vai entendendo o significado das refeições e a ter uma boa relação com diferentes tipos de alimentos. Se a família puder se reunir à mesa, melhor ainda! Outro ponto positivo do BLW é que ele ajuda no desenvolvimento orofacial da criança. Isso porque estimula a musculatura essencial para a alimentação desde o início. Assim ele vai aprendendo a mastigar sólidos, depois a engolir, tudo na sequência esperada.

2. Papinha

Acho que todas já conhecem esse método de introduzir os alimentos, não é mesmo? Basta amassar os legumes e alimentos no liquidificador e dá-los para os pequenos. 

A vantagem é que é possível oferecer quase todos os tipos alimentares amassadinhos para a criança e a refeição fica bem saudável e completa. Uma boa dica é evitar bater tudo misturado. Deixe os alimentos separados para que o bebê veja pelo menos as cores e sinta o sabor de cada comida, como a batata e a cenoura, por exemplo. 

3. Participativa

Esse tipo de introdução alimentar é bem parecido com o BLW. Porém, os pais ou a pessoa que estiver dando a refeição para o bebê tem um pouco mais de controle da situação. Os alimentos podem ser dados de acordo com as texturas próprias. Ou seja, não precisa nem bater, nem amassar (é claro que os pedacinhos precisam ser pequenos e fáceis do bebê mastigar) e o cuidador vai oferecendo com a colher e o pequeno vai pegando aos poucos. 

Procure um fonoaudiólogo se tiver dúvidas

Na dúvida, é preciso procurar um profissional de fonoaudiologia para avaliar. Em alguns casos não é que o pequeno não está aceitando novos alimentos, o que acontece é que pode ser que ele não está preparado para aquele tipo específico de comida ainda. Algumas vezes até mesmo o tanto de pedaços de comida que ficaram na papinha, por exemplo, fazem diferença. Tem bebês que conseguem sem problemas comer uma papinha com pedaços de legumes, tem outros que precisam que ela seja bem batida. 

Então, mais importante do que se preocupar em como como começar a introdução alimentar (se vai ser BLW, participativa, amassadinho, peneirado ou batido) é entender em que fase do desenvolvimento o pequeno está e ir evoluindo com as texturas. O importante é não ficar estagnado. O tipo de alimento precisa evoluir, mesmo que não seja no mesmo tempo indicado para o geral.

Gostaram das dicas? Conta para a gente!

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Flávia Puccini

Fonoaudióloga, mestre em Processos e Distúrbios da Comunicação e especialista em Motricidade Orofacial. É consultora de amamentação e laserterapeuta. *Flávia é especialista em fonoaudiologia e foi convidada pelo Blog Leiturinha para compartilhar sua opinião com as nossas famílias leitoras.

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