Como saber se meu filho precisa de fonoaudiólogo?

jun 26, 2020 | 0 - 3 anos, 10+ anos, 4 - 6 anos, 7 - 10 anos, Bebê, Criança

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Quando estamos nos preparando para a chegada de um bebê, ou até mesmo quando já temos o pequeno e estamos vendo ele crescer e se desenvolver, muitas dúvidas podem surgir. Nesses momentos é muito importante ter sempre o máximo de informação correta possível para saber o que fazer e a quem recorrer, caso seja necessária uma ajuda. Mas então, como saber quando o bebê precisa de fonoaudiólogo

1. Amamentação

As fonoaudiólogas são importantíssimas para avaliar, diagnosticar e tratar dificuldades na amamentação. Principalmente porque, na grande maioria dos casos, o que atrapalha o aleitamento materno é o padrão de sucção do pequeno. Ou seja, ele não tem habilidade motora/oral para fazer a sucção do leite corretamente. Essa sucção incorreta do bebê pode gerar fissuras, ingurgitamento, mastite e baixa produção de leite. Ao sugar, o bebê não pode machucar o seio da mãe. Também não pode deixar leite na mama depois de mamar. Quando isso acontece é sinal de que há algo errado.

Avaliar a sucção vai muito além do que analisar apenas a “pega”. Essa avaliação requer compreensão da movimentação da língua. Por isso, o profissional qualificado para avaliar e tratar essa dificuldade é o de fonoaudiologia. O teste da linguinha, que é feito para analisar se o recém-nascido tem a língua presa, também é feito por especialistas da área de fonoaudiologia. 

2. Disfagia

O seu bebê engasga enquanto mama? Ou com saliva frequentemente? Fica com resíduo de leite ou alimento na boquinha? Cansa muito rápido, precisa de esforço respiratório para mamar ou se alimentar, demonstrando irritabilidade e com ruído e secreção? Baba bastante? Se você disse sim para alguma dessas perguntas, pode ser que ele esteja com disfagia! Como o fonoaudiólogo pode ajudar nesses casos? 

O tratamento consiste em adequar a sensibilidade e a musculatura da boquinha do pequeno para que o processo ocorra de forma segura. Isso faz com que o momento de amamentação e alimentação ocorra de forma saudável e prazerosa.

3. Refluxo

Quando acontece de o pequeno sofrer de um refluxo mais grave ou desenvolver alguma alergia alimentar, a boquinha desse bebê pode se desorganizar. Isso pode refletir na amamentação, na introdução alimentar e também na fala. Nesses casos é necessário uma fono para avaliar a musculatura e reorganizar a boca do bebê para que ele possa realizar todas as funções orais com eficiência. 

4. Introdução alimentar

Você já ouviu falar em recusa alimentar ou desafios alimentares? A introdução alimentar é uma etapa muito importante no desenvolvimento dos pequenos. Nessa fase é estimulado o desenvolvimento e crescimento da boquinha do bebê. Além de ser fundamental na maturação do estômago e intestino.

Para a criança se alimentar ela depende de um bom desenvolvimento motor e físico e habilidades orais e sensoriais. Assim também como a motivação, o contexto familiar e emoções também estão envolvidos. Fatores como alergias alimentares, refluxo gastroesofágico e prematuridade são alguns exemplos de fatores que também podem interferir na introdução alimentar. 

Se o seu pequeno tem dificuldade para comer ou não está aceitando experimentar diferentes tipos e grupos de alimentos é importante procurar uma ajuda qualificada. Não deve apenas insistir e forçar a criança a comer. Isso pode ser ainda mais prejudicial. O tratamento é multiprofissional, e o fonoaudiólogo vai dar condições dessa boquinha receber alimentos sem forçar ou gerar mal estar no bebê. Dessa forma a alimentação ocorre de forma prazerosa e saudável.

5. Fala

O processo de comunicação do bebê com o mundo começa bem cedo. Aos poucos, a criança vai crescendo e adquirindo um novo vocabulário. Vai usando novas palavras para descrever aquilo que vê e depois vai começa a formar frases. E assim por diante. 

Aos 4 anos e meio, a criança já deve estar conseguindo pronunciar todos os sons da fala. A ordem de aquisição dos fonemas ocorre de acordo com o grau de dificuldade de articulá-los. Os mais difíceis geralmente são os últimos, por dependerem de um ato motor mais complexo. Quando acontece de o pequeno trocar sons ou até mesmo ter um atraso na fala, o papel do fonoaudiólogo é identificar o que está acontecendo. Depois, compreender de onde a dificuldade veio e solucionar tanto o problema quanto os prejuízos que aquele atraso/troca causaram. 

Conta para a gente, você já procurou um fonoaudiólogo para o seu pequeno?

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Flávia Puccini

Fonoaudióloga, mestre em Processos e Distúrbios da Comunicação e especialista em Motricidade Orofacial. É consultora de amamentação e laserterapeuta. *Flávia é especialista em fonoaudiologia e foi convidada pelo Blog Leiturinha para compartilhar sua opinião com as nossas famílias leitoras.

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