Saber o que é esperado do comportamento das crianças e adolescentes, a cada fase do seu desenvolvimento, pode ser reconfortante para os pais. Entender o que pode ou não acontecer e como proceder nessas situações, evita frustrações desnecessárias. Para isso, é importante saber que o cérebro e o controle das próprias emoções vão se ajustando conforme a idade, e que o comportamento é reforçado de acordo com as atitudes dos pais. A Phitters, em parceria com a Trainer e tradutora dos livros da Disciplina Positiva Bete Rodrigues, produziu um vídeo que ilustra a diferença entre comportamento agressivo e violência, fundamental para que os pais entendam melhor seus filhos.
Como lidar com o comportamento agressivo do seu pequeno
Quando seu filho manifesta insatisfações com pontapés, tapas e socos, é importante avaliar a situação por dois ângulos:
Idade
- Se a criança tem menos de 3 anos, seu cérebro ainda não está maduro o suficiente para lidar com fortes emoções, sendo normal e esperado que tenha comportamentos de agressividade com mais facilidade.
- Se a criança é maior de 3 anos e já tem mais condições de refletir e controlar seus impulsos, mas não o faz, é necessário avaliar o que está por trás desse mau comportamento e agressividade. Será que é necessidade de atenção, será que é uma criança de comportamento opositor, será que os pais estão (sem querer) estimulando isso, ou será que é apenas um stress ocasional?
- No caso de adolescentes, vale lembrar que estão passando por mudanças cerebrais e hormonais profundas, que interferem no seu comportamento.
Atitude dos pais
Independente da idade do seu filho ou do cenário que se encontra, é importante considerar que o sentimento que gerou o mau comportamento deve ser respeitado, investigado e discutido com ele. O que deve ser reprovado é o ato da agressão ou birra, mas nunca o sentimento envolvido.
Os sentimentos precisam ser acolhidos e compreendidos pelos pais para serem entendidos ou ressignificados. Após isso, é importante ensinar outras maneiras de expressar a irritação, raiva, ciúmes, frustração ou qualquer que seja o sentimento que o motivou a agir de tal forma.
Por exemplo, quando a criança empurra o irmão, cabe investigar a motivação, se foi para afastá-lo da mãe devido a ciúmes, a mãe pode reforçar seu amor falando “Entendo que é chato quando seu irmão quer minha atenção também, eu amo vocês dois igualmente e agora brincaremos todos juntos, mas depois que ele dormir, podemos ter um tempo só nosso!! Da próxima vez, você pode falar que quer ficar a sós comigo, mas não pode empurrá-lo, ok!?”.
Nos casos em que o filho estiver vivenciando fortes emoções, como a raiva, por exemplo, é preciso entender que neste momento não adianta ficar discutindo ou dando lições de moral, porque ele está agitado e não irá absorver nada do que falar.
Nestes momentos, o que pode ser feito, é ajudá-lo a sair daquele estado emocional. Se for uma criança pequena, retire-a daquele ambiente, e se for uma criança maior ou adolescente, ajude-o a buscar algo que o acalme. Só depois de todos estarem calmos, aproveite o episódio para oferecer preciosas lições.
Comece sendo empático e ensinando a compreender e acessar os próprios sentimentos, refletindo o que estava por trás daquele comportamento, por exemplo, o que incomodou tanto a ponto de gerar tal agressividade? As brigas, castigos ou até palmadas podem cessar o comportamento momentâneo, mas não resolvem o problema a longo prazo, e mais importante, não ajudam a criança ou adolescente a lidarem com a causa do comportamento, para que em situações futuras consigam se perceber e se auto controlar.
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