Em todo mundo, as vacinas ajudaram a reduzir expressivamente a incidência de muitas doenças fatais, como a poliomielite, o sarampo e o tétano, por exemplo. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que cerca de 2 a 3 milhões de mortes por ano são evitadas com as vacinas. Mas, afinal, como saber se as vacinas são seguras? Acompanhe o texto e descubra! 💉
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O que é uma vacina?
Antes de compreender o que é uma vacina, é bom explicar o que é uma doença: quando um vírus ou bactéria 🦠 entra no organismo, eles invadem as células, onde vão se reproduzindo e se multiplicando. Essa multiplicação é chamada de infecção e esse processo resultará em uma doença. Imediatamente, o organismo tenta se defender, iniciando a fabricação de anticorpos. No entanto, esse processo pode demorar alguns dias, e nem sempre há garantias de que ele será efetivo.
Já as vacinas são substâncias biológicas que, ao serem introduzidas no organismo, justamente estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos. Por isso, quando a pessoa está vacinada, ela já possui os anticorpos, que estão prontos para atacar o vírus ou a bactéria que entrar em seu organismo. Provocando, assim, uma resposta imunológica imediata.
Nesse sentido, a imunização se inicia ainda na infância. Desde o início da vida, estimulamos as defesas naturais do corpo humano, preparando o organismo para combater as doenças de forma segura e eficaz. Assim, a vacina evita os riscos de complicações da doença e impede a sua proliferação no ambiente familiar, escolar e social, por exemplo.
Além disso, a vacinação deve continuar também na fase adulta, já que algumas dessas substâncias devem ser administradas ao longo de toda a vida. Por isso, não deixe de acompanhar o calendário de imunização e esteja em dia com suas vacinas. Afinal, as vacinas salvam vidas!
Quais tipos de vacinas existem?
De forma geral, existem dois tipos de vacinas. São elas:
- Vacinas inativadas (vírus morto): produzidas através de tecnologias que inativam os agentes infecciosos, e usam partes desses agentes, sem o material genético.
- Vacinas atenuadas: são produzidas para enfraquecer a ação do agente agressor, de forma que, ao ser introduzido no organismo, este agente enfraquecido se multiplica somente o suficiente para estimular uma resposta imunológica adequada e segura.
Vale lembrar que as vacinas inativadas são injetáveis e as vacinas atenuadas são administradas de forma oral, como é o caso das vacinas contra o rotavírus e o vírus da pólio. Isso acontece porque as vacinas orais são aquelas que combatem enfermidades contraídas pela ingestão de água ou de qualquer alimento contaminado. 💧 Portanto, as gotas da vacina fazem o mesmo trajeto do vírus no organismo humano.
Mas, afinal, as vacinas são seguras?
Para ser licenciada no Brasil, toda vacina passa por um rigoroso processo de avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse órgão, regido pelo Ministério da Saúde, analisa os dados das pesquisas, muitas vezes realizadas ao longo de décadas, e que demonstram os resultados de segurança e eficácia da vacina.
Além disso, esses estudos são realizados com milhares de humanos voluntários, de vários países. O objetivo é se certificar de que o produto é de fato capaz de prevenir determinada doença sem oferecer risco à saúde. Portanto, as vacinas são extremamente seguras.
No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável por organizar a política de vacinação da população brasileira. E o nosso calendário vacinal é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos mais completos do mundo. 👏
Por que existem pessoas que são contra as vacinas?
As críticas sobre as vacinas existem desde que as primeiras campanhas de vacinação foram organizadas, ainda no século XIX. Em 1837, no Brasil Império, foi iniciada a imunização contra a varíola e, em 1903, foram realizadas as primeiras campanhas contra a febre amarela e a peste bubônica, lideradas pelo médico Oswaldo Cruz. Graças ao trabalho dos sanitaristas, o Brasil avançou de forma bastante significativa no controle dessas e outras doenças.
Apesar disso, alguns críticos ainda questionam a forma como as vacinas são desenvolvidas, ou argumentam contra a obrigatoriedade da vacinação, que atacaria liberdades individuais. As vacinas, no entanto, são muito importantes para a proteção da saúde pública, e o controle das doenças só é realizado quando a maior parte da população é imunizada.
Ou seja, para controlar as epidemias, é necessária a colaboração de todas as pessoas. Caso contrário, doenças altamente contagiosas e que já foram eliminadas em nosso país, como a rubéola e a poliomielite, correm o risco de voltar a ameaçar a população, sobretudo infantil, que é mais vulnerável.
É o caso do sarampo: o Brasil não tinha casos de sarampo desde 2015, porém começou a registrar novos surtos da doença em 2019, nos estados de São Paulo e Bahia. A suspeita é que estrangeiros ou turistas brasileiros contaminados no exterior tenham trazido novamente a doença para o Brasil, que se proliferou principalmente entre pessoas não vacinadas.
Por que as crianças tomam tantas vacinas?
Existem muitos questionamentos sobre o número de vacinas, se este não seria excessivo e, por isso, prejudicial para bebês e crianças. Mas, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), os pequenos e pequenas já são expostos a centenas de germes, todos os dias. Contudo, um simples resfriado comum ou uma dor de garganta poderia colocar uma carga maior no sistema imunológico das crianças do que as próprias vacinas.
E existe ainda um temor devido às reações adversas que podem ser provocadas pelas vacinas. Porém, vale lembrar que todo desconforto ou mal-estar provocado pela vacinação é menor e temporário. Já as vacinas são seguras e ajudam a proteger bebês, crianças e adultos de sérias consequências das doenças e até a morte. Assim, vacinar é um ato de amor e cuidado. ❤️
Por que nem todas as vacinas são gratuitas?
Em saúde pública, dizemos que um Programa de Imunização Nacional precisa respeitar alguns critérios e regras, que tornam impossível a qualquer governo (mesmo dos países mais ricos) manter uma oferta gratuita de todas as vacinas existentes. Além disso, sempre deve ser feito um estudo de custo-efetividade e custo-benefício para decidir sobre qual a vacina que apresenta maior impacto do ponto de vista da Saúde Pública.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 18 tipos de vacinas que são seguras e gratuitas. São elas:
- BCG: protege contra formas graves de tuberculose, meníngea e miliar.
- Hepatite B: utilizada no combate à hepatite B.
- DTP+Hib+HB (Penta): imuniza contra a difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e hepatite B.
- Poliomielite 1, 2, 3 (VIP): composta por três doses, é utilizada no combate à poliomielite.
- Pneumocócica 10 valente (PNCC 10): utilizada no combate à pneumonias, meningites, otites e sinusites.
- Rotavírus humano G1P1 (VRH): protege contra a diarreia causada pelo rotavírus.
- Meningocócica C (Conjugada): imuniza contra a meningite meningocócica tipo C.
- Febre Amarela (Atenuada): utilizada na proteção contra a febre amarela.
- Poliomielite 1 e 3 (VOP): protege contra o poliovírus tipo 1 e 3.
- Difteria, Tétano, Pertussis (DTP): protege contra a difteria, tétano e coqueluche.
- Sarampo, Caxumba, Rubéola (SCR): imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola.
- Sarampo, Caxumba, Rubéola, Varicela (SCRV): protege contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
- Hepatite A (HA): utilizada no combate à hepatite A.
- Varicela: protege contra a varicela.
- Difteria, Tétano (dT): imuniza contra a difteria e tétano.
- Papilomavírus humano (HPV): combate o Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante).
- Pneumocócica 23-valente (PNCC 23): utilizada no combate à meningites bacterianas, pneumonias, sinusite etc.
- Influenza: protege contra a influenza.
#VamosFalarSobre: Vacinas
Agora que você já sabe que as vacinas são seguras, que tal compartilhar esse novo conhecimento? O vídeo abaixo é um pequeno resumo dessa matéria tão importante. Compartilhe com sua família e seus amigos agora mesmo! ▶️
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