Lousa, carteiras enfileiradas, professor, aulas, intervalo, cadernos, estojo, dever de casa, chamada, notas… É impossível ler essas palavras e não voltar no tempo para os seus dias de escola, não é? Dá até para ouvir o sinal e sentir o cheiro da merenda. A verdade é que por mais que esses itens ainda estejam presentes na maior parte das salas de aula, o mundo vem mudando, e com isso, as escolas também! A Revolução Digital não impactou só a vida dos adultos mas a dos pequenos também. E não poderia ser diferente, não é? Afinal, a forma de nos comunicar, de nos relacionar, a mobilidade e a vida como um todo evoluiu. E, com tudo isso, a escola também já dá seus sinais de mudanças. Mas, afinal, como tem sido a evolução da escola?
A evolução da escola ao longo das eras
Se analisarmos de forma básica, as técnicas de se ensinar e aprender ao longo da história humana, veremos que houve um salto muito grande em pouco tempo, nos últimos cem anos. Na Grécia Antiga, na era de grandes filósofos, não existiam instituições de ensino. Naquela época, o ensino se dava primordialmente de forma oral, através da experimentação, geralmente mediada por alguém que passava o conhecimento. As habilidades aprendidas eram, essencialmente, práticas da vida coletiva em busca de formas de sobreviver e perpetuar a cultura.
O surgimento das instituições de ensino se deram na Idade Média, principalmente nos Mosteiros, quase da forma como as conhecemos quando frequentamos a escola alguns anos atrás, uma pessoa ensinando as outras. Depois disso, aos poucos, foram surgindo as escolas, as universidades e os centros de ensino. A grande questão é: tudo isso durou mais de dois mil anos para acontecer e foi mudando muito lentamente. A tecnologia acelera todos os processos de amadurecimento da sociedade e não demorou muito para chegar às escolas. Embora ela seja uma revolução recente, que se deu há pouco mais de 70 anos, já deu pra perceber o quão rápido ela impacta. Então, afinal, o que mudou na escola?
As escolas do século XXI: o que está mudando?
Métodos de ensino nos quais as crianças são protagonistas do próprio aprendizado não são contemporâneos. Há relatos de filósofos do século XVIII com essa base teórica. Embora não seja algo que surgiu nos dias de hoje, só trouxemos isso à tona – e sua respectiva aplicabilidade na escola – agora.
A escola como nós adultos frequentamos, tende a não existir mais. Cada vez se fala mais em espaços que colaborem com o aprendizado, do que salas fechadas com carteiras enfileiradas e um degrau para o professor, como estamos acostumados. Também é cada vez mais comum pensar em interdisciplinaridade e ensino voltado às habilidades do aluno, ao invés de ensinar Português, História, Matemática e Física separados, por exemplo. Está de volta o ensino prático aprimorando – veja bem, não é substituindo – o teórico. Muitas dessas mudanças e aplicabilidades de outros métodos de ensino se deram em razão do avanço da tecnologia e tendem a evoluir cada vez mais. O que antes se gastava três meses para ser decorado, hoje já se entendeu que é muito mais rápido e eficaz quando a criança compreende a teoria na prática.
Quais são as tendências atuais?
Não se fala mais em sistemas de ensino e professores enérgicos. Se fala em menos tempo despendido, de forma mais efetiva. Se fala em desenvolver habilidades gerais e aprofundar em algumas mais específicas. Se fala em competências do século XXI e em preparar seres humanos completos para a vida. Se fala em crianças protagonizando seu aprendizado enquanto se divertem. Se fala em uma educação mais democrática alcançando mais pessoas através de salas de aula virtuais. Se fala em professores como mediadores de aprendizado e não detentores de conhecimento. Se fala em compartilhar, não reduzir. Mas ainda é o começo, muita coisa está por vir!
E você, quais as principais diferenças percebe entre a escola do seu filho e a dos seus tempos de aluno? O que acha dessas mudanças? Conta aqui pra gente!
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