A criança escolhe o que a família vai assistir na televisão, qual será o programa do final de semana ou das férias, decide também que horas vai dormir e o que vai comer ou vestir. Além disso, ela não gosta nada nada de ser contrariada e para não vê-la chateada, os pais se desdobram em realizar todas as suas vontades e desejos. Detalhe: o pequeno tem apenas três anos! Você se identificou com essa situação? Isso é comum na rotina da sua casa? Se você respondeu sim para todas as questões, talvez, sem perceber, vocês estejam idolatrando demais o pequeno, praticando o que é conhecido como infantolatria. Você já ouviu falar nisso antes?
Infantolatria: criando pequenos reizinhos
O termo infantolatria é utilizado para designar quando mães e pais que acatam todas as vontades dos filhos, tornando-os o centro da atenção, não só da casa, mas de suas vidas. Tudo gira em torno do que o pequeno gosta e deseja, fazendo com que os pais abram mão, constantemente, de suas preferências para atender aos pedidos do filho.
Por que isso pode acontecer?
Muitas vezes, na rotina corrida dos dias de hoje, a família se sente culpada por não conseguir passar tanto tempo quanto gostaria com os pequenos. Por isso, quando finalmente se encontram no final do dia, querem suprir toda a sua ausência e, na ânsia de agradar os filhos, alguns pais acabam confundindo amor, carinho e cuidado com permissividade e deixam com que os filhos façam o que quiserem. Então, o que pode começar com um “Ah, deixa! Só hoje”, pode acabar se tornando rotina, até o ponto que o pequeno não aceite mais ser contrariado e, sem perceber, os adultos estejam seriamente empenhados em realizar todas as suas vontades.
Quais as possíveis consequências da infantolatria?
Amor e afeto nunca são demais! Afinal, os laços familiares são fundamentais para o desenvolvimento das crianças. No entanto, quando isso se confunde com falta de limites, pode dar uma falsa sensação de autonomia aos pequenos, gerando insegurança, dificuldades de socialização, problemas para lidar com as frustrações e uma constante necessidade de estar no controle. Portanto, não é necessário ser inflexível ou severo(a) demais na criação dos filhos, mas é muito importante entender que estabelecer limites é essencial para o desenvolvimento e o futuro do seu pequeno!
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