Como ser resiliente em tempos de crise?

maio 6, 2020 | Família

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Nos últimos meses a humanidade está enfrentando um de seus maiores desafios: a pandemia do coronavírus. Um cenário de crise com dimensões inéditas e consequências ainda distantes de nossa total compreensão. Porém, em meio ao cenário que vivemos, precisamos manter a esperança. Mas como ser resiliente em tempos de crise? Talvez o que você irá ler agora te ajudará com essa questão. 

Você sabe o que significa crise?

A expressão “crise” advém do grego krisis e significa “decisão”. Em português, diz do estado de dúvidas e incertezas. Ainda, “crise” contempla o desequilíbrio emocional vivido por um indivíduo. Que no caso, se sente incapaz de utilizar seus recursos de enfrentamento diante de episódios de angústia e sofrimento. 

Slaikeu, K. (1996), autor de “Intervención en crisis: manual para práctica e investigación”, define crise como o estado de desorganização produzido pelo impacto de uma situação que altera a vida. Além disso, também excede a capacidade habitual das pessoas para enfrentar problemas. 

E quando uma crise se desdobra em várias?

Neste cenário, a crise atual se desdobra em diversas outras vivenciadas em isolamento: profissional, financeira, conjugal, familiar, social, entre outras. A experiência da crise – ou de diferentes tipos- oferece a oportunidade de mudanças e ressignificados que possibilitam alcançar novos níveis de integração e amadurecimento. 

Ao falarmos em superação diante de crises e adversidades, a resiliência surge como perspectiva para ampliar os recursos de enfrentamento. O termo “resiliência” é estudado sob diversos aspectos, o que gera diferentes discursos e frentes de pesquisa. Porém, contemplaremos a capacidade do ser humano de se reintegrar frente a um momento de ruptura e encontrar sentido na experiência vivida. 

Como ser resiliente?

Assim, o processo de resiliência requer que entremos em contato com os sentimentos gerados e vivenciados durante este momento. Identificar e pronunciar esses sentimentos, ou seja, tomar consciência das perdas ocorridas, dos medos, incertezas, angústias e expectativas, contribui para o movimento de autopercepção. Além de “trazer para a realidade” o que, muitas vezes, se encontra velado. 

Este contato consigo mesmo pode ser desafiador, sem dúvidas. Porém, as crises soam como um convite para transformações significativas. A partir deste prisma, se apresenta como transição, uma vez que, dificilmente saímos “os mesmos” após tais modificações. 

A família, amigos ou pessoas de confianças atuam como ouvintes e podem mediar esse encontro com suas próprias demandas, inclusive emocionais. Entretanto, não raro, esses períodos geram grande sofrimento. Acabam acentuando a ansiedade e o estresse, devido às diversas preocupações. Nesses casos um profissional capacitado é indicado para ocupar este lugar. 

A terapia pode auxiliar neste momento!

A psicoterapia no momento de crise, promove a possibilidade de estabelecer o controle emocional diante dos conflitos, busca o equilíbrio e os recursos de enfrentamento necessários. Ainda, vislumbra e cria novas oportunidades de superação. Tendo como objetivo, a prevenção do adoecimento psíquico. 

Em tempos de isolamento, a tecnologia e profissionais habilitados atuam a favor do momento e abrem canais de atendimentos on-line. 

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Juliana Di Lorenzo

Mãe da pequena Olívia e psicóloga. Após vivenciar as transformações e vicissitudes da maternidade, escolheu por dedicar seus estudos e práticas à psicologia perinatal e parental. Atua no atendimento clínico e grupos terapêuticos, pois acredita nas possibilidades da fala e escuta compartilhada. *Juliana é especialista em psicologia e foi convidada pelo Blog Leiturinha para compartilhar sua opinião com as nossas famílias leitoras.

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