Meu filho chora para entrar na escola. O que fazer?

ago 13, 2019 | 0 - 3 anos, 4 - 6 anos, Comportamento, Criança, Escola

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Meu filho chora para entrar na escola: Quando o chororô vai além do período de adaptação escolar

O período de adaptação escolar passou. Tudo ocorreu bem e você até se pergunta por um instante se tudo deveria ir assim mesmo, tão tranquilamente… 

Em meio a esta calmaria, algo acontece e seu filho, que antes dava tchauzinho e distribuía sorrisos para ficar na escola, agora começa a chorar e a “grudar” em você quase todos os dias no momento em que você tenta deixá-lo na escola. Tornando a despedida uma verdadeira cena dramática!  

Você logo pensa que algo de errado aconteceu na escola para que ele não queira mais ficar lá ou, ainda, que você mesmo fez ou falou algo de errado para que tal mudança de comportamento acontecesse. E dá-lhe sentimento de culpa! As idas para o trabalho passam a ser um momento doloroso, a causa daquela dramática separação.

É normal a criança chorar para ir para a escola?

Na realidade, estas cenas são bastante comuns, especialmente entre crianças de aproximadamente dois e três anos de idade. Basta conversar com outras famílias para saber: você não está sozinho. Nesta fase seu pequeno já compreendeu um pouco melhor sua rotina, ele agora sabe que vai passar um longo período do dia longe de você. O que justifica tanto chororô!

Além disso, compreender melhor a rotina traz segurança aos pequenos, mas também tira um pouco da graça de saber que haveria uma grande novidade a cada dia. Soma-se a isso a noção da existência das regras e a consciência de que tem “hora certa” para fazer algumas coisas, sendo necessário lidar com a frustração ao longo do dia, longe do colinho da mãe ou do pai. 

Mas, então, o que fazer? 

Para este momento tão difícil, uma recomendação valiosa é nunca, em hipótese alguma, demonstrar sofrimento junto à criança. Caso isso aconteça, o sentimento de insegurança ficará ainda maior e será ainda mais difícil passar por esta fase. Mostrar-se calmo e firme é muito importante para transmitir segurança ao seu pequeno e a confirmação de que não há motivos para tanto sofrimento. 

Evoque o mantra: “Vai passar…”

Entender que esta é apenas uma fase, e que ela logo passará, é importante para que os pais não se desesperem. Neste momento vale lembrar que os saltos do desenvolvimento acontecem ao longo dos anos e que mudanças de comportamento assim devem ser esperadas. 

Converse com a escola

Conversar com os professores ou até mesmo com a coordenação da escola pode ajudar. Muitas vezes, este choro na escola é um comportamento de outras crianças da mesma turma, já que estão em etapas parecidas do desenvolvimento. Nestes casos, vale um pedido para que a professora trabalhe o tema em sala de aula, de forma que as próprias crianças tenham a oportunidade de lidar com o assunto coletivamente.

Você não está sozinho!

Conversar com outras mães e pais é uma ótima pedida. Entender o que cada um fez ou faz para superar o momento é algo que pode trazer benefícios para todos. Afinal, não há uma receita ou um único modo de lidar com a situação. Cada família encontrará sua maneira de lidar melhor com esta questão.

Os objetos de transição

Por fim, deixe que seu pequeno leve para a escola aquele bichinho de pelúcia que ele tanto gosta, pelo qual tem uma ligação afetiva. Estes objetos de transição podem cumprir a função de trazer aconchego nos momentos em que os pais se ausentam. Para além do “dia do brinquedo”, que muitas escolas adotam, levar um boneco ou bichinho de pelúcia pode ajudar nessa fase. Converse com seu pequeno, explicando que até que a mamãe ou o papai voltem, sua pelúcia favorita lhe fará companhia.

Converse com seu pequeno, sempre!

Conversar é sempre o melhor remédio. Ajude seu pequeno a compreender seus sentimentos, tranquilizando-o sobre o fato de que é normal sentir-se assim. 

E você? Também está passando por isso? Conte para a gente como você lida com essa situação! 

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Sarah Helena

Mãe de Cecília e de Olívia, psicóloga, escritora, especialista em filosofia e mestre em educação profissional e tecnológica. Sempre trabalhou com famílias, especialmente com os pequenos. Por esse amor ao universo afetivo infantil, hoje, na Leiturinha, integra o time de Curadoria e colabora fortalecendo o vínculo das famílias leitoras através da experiência da literatura.

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