Como manter a rotina em tempos de isolamento social?

mar 25, 2020 | 0 - 3 anos, 10+ anos, 4 - 6 anos, 7 - 10 anos, Bebê, Criança

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A rotina familiar exerce uma importante função: sentimento de segurança e estabilidade na criança. Elas passam a compreender o mundo de forma mais intensa a partir de, mais ou menos, o segundo ano de vida. A rotina é constituinte de muitos elementos. Entre eles, a estrutura psíquica e física da criança. A organização das atividades diárias da criança transmite segurança e fundamenta uma referência que a criança carregará com ela por toda a vida. Dessa forma, consegue se organizar a partir do que foi estabelecido nos primeiros anos de vida.

Para compreender mais sobre a relação que o bebê, por exemplo, estabelece com o meio e, principalmente, com seu cuidador, podemos recorrer à teoria do pediatra e psicanalista inglês Donald Woods Winnicott. Segundo o autor, a rotina é importante para a criança pois passa sentimentos de permanência e segurança. Ela necessita desses sentimentos para se “arriscar” no mundo. Permitindo-se errar e aprender, exercitando sua criatividade, no seu tempo.

O isolamento social e as mudanças na rotina 

O que acontece quando tudo isso muda de repente? Como as crianças são afetadas por isso? Na verdade, essas mudanças em menor ou maior escala acontecem. Seja no período de férias, em uma mudança de turno escolar, uma introdução na escola. Enfim, mudanças na rotina sempre acontecem ou podem acontecer. Mas no caso da situação que estamos vivendo, existe algo além: a privação da liberdade. 

Ficar em casa o tempo todo, sem poder ir ao parque ou visitar os familiares pode afetar bastante o funcionamento, principalmente emocional, das crianças. A participação social é crucial para o desenvolvimento delas. Por isso, o distanciamento das pessoas e dos espaços públicos pode ter impactos. 

Vamos superar isso juntos!

Mas calma, semanas ou meses de isolamento não irão comprometer o desenvolvimento do seu pequeno nem seu estado emocional. Mas, para que isso não aconteça é importante buscarmos apoio e recursos para superarmos juntos essa situação. Primeiro, é importante situar a criança que esta situação é passageira. Por mais que você pense que seu bebê ou filho pequeno ainda não compreenda, é importante mencionar. Os sentidos dele podem estar totalmente voltados à compreender esta situação. Por isso, aposte que ele irá fazer o maior esforço para te entender. 

Depois, é importante buscar recursos para amenizar o impacto desse isolamento na saúde psíquica de vocês. Isso não quer dizer que vocês precisem se tornar recreadores, professores ou psicólogos. Neste momento não importa o ganho motor ou cognitivo da atividade que você fará com seu filho. O importante é destacar momentos para estar juntos. Momentos fazendo atividades que são melhores para ele e outros momentos que são prazerosos para você também. Como por exemplo ler junto ou ver um filme. Adultos e crianças precisam estar felizes neste momento. 

A família é a “microsociedade” que a criança conhece e se espelha!

É a partir do contato inicial que a criança se insere na sociedade e se torna membro dela. Significando os elementos culturais e sociais do contexto em que está inserida. Este contato se dá principalmente com a família e membros presentes na rotina da criança. Por isso, este é o momento ideal para se aproximar dos membros da família e reorganizar nossa pequena sociedade familiar! Façam atividades juntos, conversem muito, se reinventem. Acima de tudo, estejam fortes e em casa.

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Caroline Lara

Líder da Equipe de Curadoria da Leiturinha, é formada em Psicologia e mãe do Caetano. Leitora compulsiva, é apaixonada em provocar emoção, despertar a fantasia, entreter e alegrar pequenos através da literatura. Acredita que quanto menor nosso tamanho, maior a criatividade!

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