Manias na infância: meu filho não para de repetir um gesto

out 9, 2019 | 0 - 3 anos, 4 - 6 anos, 7 - 10 anos, Comportamento, Criança

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Quem não tem ou nunca teve uma mania? Todos nós temos peculiaridades, rituais e gestos característicos na nossa personalidade. Isso é comum e até mesmo saudável,, desde que não atrapalhe nossas vidas. E isso vale para os adultos e para os pequenos. Saiba mais sobre as manias na infância e quando é preciso se preocupar. 

Qual a diferença entre tiques e mania?

Tiques são comportamentos repetitivos, como mexer alguma parte do corpo repetidas vezes ou piscar os olhos rapidamente. As manias são comportamentos que a criança ou o adulto tem dificuldade de barrar ou controlar, como por exemplo morder os lábios ou puxar os cabelos. Quando trata-se de uma criança, precisamos ficar atentos para entender qual a origem deste comportamento.

O que essas manias e tiques significam?

Às vezes os pais podem ficar com receio de que algo mais grave esteja por trás de tais comportamentos. No entanto, em muitos casos, eles não estão associados a nada mais grave, e sua origem está em causas comportamentais. 

Por exemplo, uma criança pode desenvolver uma mania ou um tique quando se depara com alguma situação que desperte alguma emoção ou sentimento que a criança ainda não possui repertório para lidar. Assim, a mania é a forma com que ela encontrou de se acalmar. Ou ainda podem simplesmente estar associados a um estado de sono ou de alegria. 

Quando as manias na infância passam a ser preocupantes?

É importante que os pais estejam atentos ao momento que esses comportamentos se manifestam. Se é na primeira infância, até os três anos de idade é importante consultar um profissional, pediatra ou neurologista para que sejam descartadas causas orgânicas que podem ter origem em inúmeros fatores. 

Ou até mesmo em problemas específicos como distúrbios na visão que nada tem a ver com o tique em si. Existem algumas síndromes e quadros específicos como o autismo ou o TOC que geram tiques ou comportamentos repetitivos que possuem alta recorrência e vem sempre acompanhados de outros sintomas. Por isso, nunca podemos interpretar de forma isolada um gesto de uma criança. 

Isso passa?

Geralmente, com o passar do tempo, quando a criança possui maior domínio dos seus movimentos, assim como do seu corpo, bem como conhece melhor seus sentimentos e suas emoções e tem maior previsibilidade das suas ações, esses tiques ou manias tendem a diminuir. É preciso que nós pais e adultos pensemos sobre o impacto que esses gestos possuem na rotina e também nas relações sociais das crianças para que possamos entender se são prejudiciais e precisam de intervenções para amenizá-los.

Como lidar com as manias na infância?

Na primeira infância podemos oferecer objetos como brinquedos ou até mesmo paninhos ou cobertores que possam ocupar esse lugar de transmitir segurança a elas para que possam passam por esse momento sem experimentar sensações negativas de falta de controle, etc. 

Uma estratégia também é desviar a atenção daquela ação, propondo que a criança foque em outra coisa. Em outros momentos, o diálogo bem como os esportes e as terapias são ótimos recursos para se desfazer dessas ações sem nenhum trauma ou sem que tenhamos que recorrer a comportamentos negativos como a punição, que nada irão ajudar, pelo contrário, podem até piorar a situação. 

De qualquer maneira é importante olharmos para nossas crianças com cuidado para que possamos saber como agir nesses casos. Caso precisemos de ajuda, podemos recorrer a psicólogos especialistas em desenvolvimento infantil ou, se necessário, a uma avaliação mais global feita por um equipe multifatorial. 

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Caroline Lara

Líder da Equipe de Curadoria da Leiturinha, é formada em Psicologia e mãe do Caetano. Leitora compulsiva, é apaixonada em provocar emoção, despertar a fantasia, entreter e alegrar pequenos através da literatura. Acredita que quanto menor nosso tamanho, maior a criatividade!

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